Marília

“Nos braços do Alckmin”

Nessa semana, a turma do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (RS) marcou para o dia 24 de janeiro próximo, o julgamento do ex Presidente Lula no caso do Tríplex do Guarujá. Se ele for considerado culpado, cairá na Lei da Ficha Limpa e, portanto, ficará inelegível. O que muita gente não sabe, é que a “coisa” não é tão simples assim. Ele, (Lula) poderá continuar sua corrida eleitoral até que todos os recursos se esgotem no STF.

O problema é o tempo e não o de Deus, mais sim da justiça, ele torce para que tudo se arraste até depois da eleição e obviamente, que ele sai como o grande vencedor da peleja. Porque se não, se for julgado e condenado antes, só restaram dois nomes com forças suficientes para ser o novo presidente em 2019. O do governador que acaba com o funcionalismo paulista, o “ilustríssimo” Geraldo Alckmin e o extremista Jair Bolsonaro, o que só sabemos se for eleito, é que comandará o país com mãos de ferro bem mais pesadas do que as mãos do Vargas durante o Estado Novo.

A lógica no caso de um real impedimento do Lula, é à esquerda se unir em torno do Ciro Gomes, porém, não acredito que ele terá carisma de chegar a um eventual segundo turno contra os candidatos acima mencionados. Ou seja, o Bolsonaro terá os votos dos extremistas que torcem para um Presidente com mãos de ferro no comando e daqueles chamados “votos de protesto”.

Já o Alckmin, terá os votos de toda a direita, dos conservadores e da elite republicana. Esperando mudanças, mas não tão radicais quanto as do Bolsonaro e é aí que mora o perigo, pelo conservadorismo, a presidência poderá cair nos braços no Alckmin.