Notícia boa acontece!

Em meio ao caos político e a crise moral (no sentido reacionário) uma noticia vangloriou nossas esperanças referentes à justiça brasileira, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) virou réu na 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STJ) após denuncia por incitação ao estupro feita contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS), quando, em 2003, após ela concluir um discurso em que ela criticava a ditadura militar, e após 11 anos, em 2014 o deputado novamente dizer que “não a estupraria, porque ela não merecia”.

Emboira tenha passado sem muito a devida atenção em 2003, em 2014, o caso ganhou grandes proporções nas redes sociais, que levantou a questão da cultura do estupro, e uma campanha feita por muitas mulheres com a hastag #NenhumaMulherMereceSerEstuprada que viralizou.

E ouvindo várias pessoas, desde pessoas que defendem a postura política de Bolsonaro e as que são contra as ideologias do parlamentar, vi que foi unanime a repulsa ao que o cara disse, seguindo uma lógica bem clara: seja mulher ou homem, se você defende que estupro é fruto de merecimento, você está completamente errado! Estupros são sempre crimes bizarros, acontecem com bebês, crianças, mulheres e homossexuais, e nenhum ser humano merece ser violado! A culpa não é e nunca será da vitima, e sim de quem comete a violação e de quem concorda com que estupro é merecimento.

O ministro do STF Luiz Fux que votou a favor da abertura do processo, afirmou que “a violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo”. E Maria do Rosário comemorou a decisão com um post em seu Twitter: “Saúdo decisão do STF que agiu em favor da Justiça, tornando réu um deputado por apologia ao estupro. É uma vitória de cada mulher brasileira”.

E deixo a vocês, uma reflexão: de cinco ministros do STF que participaram da decisão, apenas um não votou para a abertura do processo, Marco Aurélio Mello. Acho que vale a pena foicar atentas (os), é um sinal de alerta bem urgente, porque como disse acima, não há justificavas para que não fosse aberto o processo, uma vez que, o deputado repetiu a frase não só uma vez, mas duas (acredito que mais), e jamais veio a público se desculpar, a não ser agora que ele se manifestou depois de ter virado réu, o que sabemos que é um apelo para que o STF não pegue pesado na pena.

E que a justiça seja cumprida, tenhamos esperanças!