Passada a euforia para alguns que defenderam e torceram a favor do impedimento da presidente Dilma, agora é hora de juntar os cacos e serão muitos. O país não pode parar e esperar que tudo se resolva no Senado e pelo que a maior parte da mídia já noticia, será uma nova derrota para o governo e sem perspectivas de uma reviravolta. Só um milagre para ela não cair e deixar o comando de vez e mesmo tendo uma ideologia de esquerda por formação, acho que Deus tem milagres muito mais importantes para realizar por esse mundão afora.

Batemos na casa dos 10 milhões de desempregados, uma crise política que já vinha se agravando e chegou no seu auge com a delação do Delcídio. Era mesmo muito complicado com novas delações da Lava Jato, inclusive com o depoimento coercitivo do Lula, com as manifestações contrárias crescendo ainda mais, com a imprensa botando mais fogo, com um Congresso cheio de traidores, oportunistas, acusados do que ainda não foram investigados  que o governo não conseguiria reverter aquele circo de votação que tivemos no último domingo.

O certo é que tudo estava desandando há muito tempo, desde o final do primeiro mandato dela, e seria muito difícil ela terminar com um alto nível de aprovação, a crise econômica revertida e um crescimento satisfatório que voltasse a colocar o Brasil dentro das primeiras economias do mundo. Só foi acabar a eleição na qual ela foi reeleita para o preço da gasolina explodir, a conta de energia subir (se bem que voltará a baixar agora) e a inflação disparar. Porém, nada disso é suficiente para derrubá-la, interromper um governo que ajudou muito mais o brasileiro e deu oportunidades para muitos conquistarem sua casa própria, faculdades federais entre outros benefícios.

É certo também, que a partir do momento em que a votação no Senado terminar, o PT , PSOL , mais os movimentos sociais e sindicatos passarão a fazer oposição ao novo governo é isso poderá travar ainda mais o país. Ou seja, um prato cheio para os Bolsonaros da vida, junto com a maçonaria, a OAB, latifundiários e pecuaristas tomarem o poder novamente. Um regresso na história, principalmente depois que o Lula intensificar suas viagens e a campanha pelo Brasil visando 2018 e continuar a subir nas pesquisas em sua volta nos braços do povo.