Essa semana, a presidente afastada Dilma reclamou publicamente e com razão, que teria sido abandonada pelo Partido dos Trabalhadores. Realmente foi, desde o início do processo do impeachment meses atrás. Escrevi em crônicas anteriores que quando a “coisa” começou a desandar para a presidente e para o partido, com as notícias que só cresciam a respeito da corrupção e da crise econômica, o melhor a se fazer para o PT, era que a Dilma saísse, ou caísse logo. Bem, salvo um milagre, ela sairá agora no final de agosto.
Com a saída dela, o Lula tem e ainda terá tempo para preparar a sua volta para 2018. Não há outro nome para fazer frente ao de Temer, ao que tudo indica ele será o único candidato do PMDB para 2018. A economia já dá sinais de melhora e por incrível que pareça, já há economista prevendo crescimento de 2% para 2017. Se isso acabar se mostrando uma realidade, não resta a menor dúvida de que o Temer se torna praticamente imbatível nas próximas eleições majoritárias.
Por isso, o Lula e o PT têm de explorar e muito o apoio que ambos possuem no Norte e Nordeste do Brasil. A questão é continuar insistindo na tese que o afastamento dela foi realmente um Golpe. Que só o PT irá continuar e ampliar todos os programas sociais, não mexer com a aposentaria do trabalhador e voltar a olhar para a classe menos abastada da população. Mesmo que essa crise toda tenha estourado no governo deles.
Com uma equipe econômica muito forte, o Temer está com a faca e o queijo na mão. Irá explorar ao máximo a questão da corrupção e da crise econômica deflagrada no governo do PT e como uma espécie de salvador pátria, construirá um novo governo sem crise econômica e tanta roubalheira. Após esse mês, as fixas serão lançadas e que vença com souber jogar melhor durante as respectivas campanhas.