Marília

Ocupação em risco e queixas em obras recentes levam crise da CDHU além de prédios ameaçados

Ocupação em risco e queixas em obras recentes levam crise da CDHU além de prédios ameaçados

O levantamento social e eventual indicação de saída para impasse na situação de risco em 880 apartamentos construídos pela CDHU na zona sul de Marília não vai encerrar crise da companhia estadual com moradores na cidade e região.

Moradores envolvidos nos outros casos esperam conseguir um pouco de atenção agora que a empresa decidiu olhar para a cidade a partir do grave quadro dos 44 prédios conhecidos simplesmente por CDHU.

O mais antigo deles é um caso esquecido de riscos para pelo menos 20 famílias que a cada chuva forte vivem situação de perigo na ocupação do Parque das Vivendas, na zona oeste.

O problema é ignorado desde que um programa de desfavelamento atendeu parte dos moradores, deixou outros na área ao lado de um córrego e virou discussão de despejo. E a cada início de ano e temporada de chuvas fortes deixa moradores em pânico.

“Estamos esquecidos. Quando estava discutindo a desocupação ainda teve algum contato, aí parou tudo. A gente até entende a atenção pro pessoal dos predinhos, a situação deles é crítica. Mas aqui também está muito ruim, muito ruim”, disse um morador ao Giro Marília.

Há construções à beira de um córrego poluído e ao lado das obras de ligações para a estação de tratamento do Pombo, o que mostra que o poder público conhece o local, conhece o problema e não resolve.

Além disso, a CDHU é alvo de duas discussões judiciais recentes com denúncias de vício de construção no Marília X, um condomínio de 80 apartamentos na zona oeste da cidade entregue em 2018 com pelo menos cinco anos de atraso.

A obra recente tem queixas de umidade e pisos soltos e ficou sem solução administrativa. A 5ª Vara Cível já expediu uma ordem para perícia técnica no prédio como forma de identificar responsabilidades do problema.

É uma causa pequena, avaliada em R$ 20 mil, mas em um prédio entregue de forma recente. E não é a única queixa nova.

Já chegou à Justiça também uma cobrança para reparos em residência recém entregue em Ocauçu. A moradora anexou imagens de paredes com infiltração e outros problemas.

A 4ª Vara Cível de Marília abriu prazo de 15 dias para que a CDHU apresente suas manifestações sobre o caso.