A Operação Nuvem de Fumaça, deflagrada na manhã desta terça-feira para investigar suspeita de organização criminosa no mercado de cigarros, teve como alvo principal em Marília um escritório com informações de contabilidade do grupo.
A investigação mira especialmente o empresário Luiz Antonio Duarte Ferreira, o Cai Cai, ex-presidente do MAC (Marília Atlético Clube) e dois de seus familiares.
As buscas acontecem na cidade em um escritório de contabilidade que ocupa sala de um conhecido edifício comercial na rua maranhã, no centro de Marília.
A operação tem base central em Araraquara, onde fica a sede de uma empresa de cigarros que seria o centro da organização. Na empresa foi apreendida uma grande quantidade em dinheiro.
Segundo a secretaria da Fazenda, o débito envolve só em São Paulo dívida de R$ 210 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias). O caso envolveria ainda sucessão de empresas – a principal delas desativada com dívida de R$ 3 bilhões -.
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O diretor de fiscalização da Secretaria da Fazenda, Marcio Araujo, esteve na cidade para acompanhar as buscas, e disse que o objetivo foi coletar material físico e digital para verificar participação do grupo e das pessoas.
“O interesse é responsabilizar o real beneficiário por essa fraude. É uma fraude complexa”, disse Araujo.
O procurador jurídico do Estado Paulo David Cordeli, também acompanhou as atividades em Marília e disse que quase uma centena de imóveis foram bloqueadas pela Justiça para eventual garantia de execução dos valores. Há também embarcações e aeronaves na mira dos procedimentos.
Uma lista de alvos da operação incluiria empresas como a Dicina Distribuidora de Cigarros e Cigarrilhas Limitada, com sedes em Araraquara, Bady Bassitt e Taubaté; Gold Imóveis Ltda, J.L.L. Administradora de Bens Ltda e DF Participações Ltda em São Paulo; os empresários Mario Oliveira Lacourt Neto em Araraquara e Luiz Antonio Duarte Ferreira em Marília.
