Marília

Oriental Calçados marca data para fechar loja em Marília

Última loja da rede Oriental Calçados marca fim de atividades em Marília
Última loja da rede Oriental Calçados marca fim de atividades em Marília

Uma história de 34 anos tem data marcada para acabar. A rede Oriental de lojas de calçados anunciou fechamento de sua segunda e última unidade de Marília para o dia 30 de junho, após longo período de liquidação que esvaziou a loja e os estoques.

Vai desocupar um espaço equivalente a oito boxes de lojas no Marília Shopping, ao lado da praça de eventos. O espaço pertence à rede e já teria atraído propostas de aluguel e venda, mas nada consolidado. A especulação é que outra rede de calçados, com loja de fábrica, assuma o espaço.

A rede, criada a partir de uma loja aberta na década de 30 em Araçatuba, inaugurou sua primeira loja de Marília em junho 1982, na onda de uma expansão que levou lojas para Rio Preto e Bauru também.  Criada pelo comerciante Sakusuke No, que dá nome oficial à marca, a rede é gerenciada pelo filho, Koji No, e nos próximos dias deve fechar série de filiais.

Já foram desativadas, por exemplo, a Oriental da rua São Luiz, em Marília, e a de São José do Rio Preto, onde a rede estava há 36 anos.

Koji, que tem 74 anos, diz que a rede fecha por decisões estratégicas e de gestão do negócio. “É um negócio de pai para filho, mas são quatro filhos, todos com idade. Eu tenho 74 anos. Há tempo de tudo na vida. E por isso vamos fechar”, afirmou.

Segundo o empresário, a notícia surpreendeu o mercado em todas as cidades onde a rede atua. Em Rio Preto, responsável pela maior fatia do faturamento da rede, o fechamento extingue uma loja em área nobre, prédio de três andares.

“Saímos de Marília com coração partido. Deixamos um arigato, muito obrigado e sayonara”, disse Koji em entrevista por telefone. Ele agradeceu a todos os consumidores que compraram na loja, todas as equipes que trabalharam e ajudaram a construir a história.

Afirmou que a rede sempre teve preocupação em manter prédios modernos, investir em prédios próprios e lojas estruturadas. “A loja do Shopping, toda em vidro, é muito transparente, muito bonita. Não tem loja assim pelo Brasil”, afirmou.

Até o final de junho restarão apenas duas lojas, incluindo a sede do grupo, em Araçatuba. Até o final de julho todas devem estar fechadas. Em todos os locais a rede discute com investidores o aproveitamento dos prédios.