O pacote de isenções fiscais assinado na quarta-feira e publicado nesta quinta pela Prefeitura de Marília dá um presente para as empresas de ônibus do transporte urbano na cidade: elas também entraram na onda e, mesmo sem previsão de contratar ou crescer, ganharam redução de impostos.
A medida é uma forma de a prefeitura garantir lucratividade para as empresas sob a alegação do “equilíbrio econômico-financeiro”. As empresas vão pagar menos e a administração pode ganhar tempo sem reajustar as tarifas em ano eleitoral.
Pode ser uma forma de ajudar os usuários, mas não deixa de ser um presente para empresas que são absurdamente bem tratadas na cidade.
Elas já tiveram dois reajustes de tarifas em 15 meses. Elas já conseguiram 39% de correção nos preços. Pelo menos uma delas já ameaçou abandonar o cidadão sem atendimento e mudou itinerários sem perguntar ou pedir a ninguém .
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As empresas vão pagar 2% de ISS (Imposto Sobre Serviços), a tarifa mínima possível para um tributo que pode chegar a até 5%. E o presente fica ainda mais polêmico se considerado histórico da implantação dos serviços.
Sob alegação de trocar empresa que desrespeitava usuários, duas companhias e Bauru ganharam os serviços em caráter de emergência, acumularam críticas e após o último reajuste, aplicado em setembro deste ano.
A passagem havia subido em janeiro de 2015. Em menos de 12 meses é a terceira vez que uma medida oficial do município beneficia e aumenta capacidade de lucro das duas empresas.
Apesar da impopularidade, a medida passou sem debates e sem problemas porque estava embutida no pacote de apoio fiscal para empresas de Tecnologia da Informação, uma área de nova vocação e atração de empresas e empregos na cidade.
