Elas no sistema prisional

Palestra com juíza de Marília no TJ mostra perfil de mulheres presas

Palestra com juíza de Marília no TJ mostra perfil de mulheres presas
Palestra com juíza de Marília no TJ mostra perfil de mulheres presas

Marília - Uma palestra da juíza Renata Biagioni, titular da Vara de Execuções Criminais de Marília, em evento virtual no TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) mostra o perfil de mulheres presas em diferentes situações além de painel da legislação para este público.

Renata Biagioni participou do evento para analisar Encarceramento Feminino. Explicou que o Estado de São Paulo possui 17 unidades prisionais femininas.

Juíza de Marília mostra perfil de mulheres presas em palestra do TJ
Juíza de Marília mostra perfil de mulheres presas em palestra do TJ

“Muitas são jovens, mães, solteiras, negras ou pardas, vítimas de algum tipo de violência, com baixo nível de escolaridade e oriundas de famílias desestruturadas.”

Segundo a magistrada, na maior parte das vezes, as prisões decorrem do tráfico ou da associação para o tráfico de entorpecentes. 

Biagioni é a coordenadora do Deecrim (Departamento Estadual de Execução Criminal) da 5ª Região, que tem sede em Presidente Prudente mais envolve Marília.

Precisamos ter um olhar diferenciado. O mais importante é a ressocialização, para que as pessoas retornem a vida e não voltem a reincidir

Renata Biagioni, juíza da Vara de Execuções Criminais em Marília

Ela analisou ainda a evolução da legislação para mulheres encarceradas. Citou casos como o Decreto de 12 de abril de 2017, que concede indulto especial e comutação de pena para mães, gestantes, com gravidez de risco.

Monitoramento e fiscalização

A palestra foi uma iniciativa do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunalem parceria com a Escola Judicial dos Servidores .

O Tribunal direcionou o encontro para magistrados e servidores do TJSP e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Juíza de Marília mostra perfil de mulheres presas em palestra do TJ
juíza assessora da Corregedoria Geral da Justiça e integrante do GMF, Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto.

O encontro teve condução da juíza assessora da Corregedoria Geral da Justiça e integrante do GMF, Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto.   

O evento teve ainda a participação da chefe de departamento do Complexo Penal de Tupi Paulista e integrante do Comitê da Mulher Presa e Egressa do Estado, Adriana Alkmin Pereira Domingues.

Já Adriana Alkmin Pereira Domingues abordou trabalhos nas unidades femininas, como exames ginecológicos, combate à violência e formação profissional.

Anseio por políticas públicas

Juíza de Marília mostra perfil de mulheres presas em palestra do TJ
Adriana Alkmin Pereira Domingues no evento: Juíza de Marília mostra perfil de mulheres presas em palestra do TJ

“O Comitê veio do anseio por trazer políticas públicas específicas e é responsável pelo Plano Estadual, que tem vários eixos, como saúde, cidadania e outros.

Apontou projetos como envio de e-mails por familiares às mulheres, visitas virtuais e atendimentos de parentes via WhatsApp.

Em Tupi Paulista, 67% das mulheres alegam ter sofrido violência. “Mas acreditamos que o número é maior porque muitas confundem as relações. Somente quando passamos a perguntar sobre a dinâmica do relacionamento, reconhecem que foram vítimas.”