Palestra realizada no salão de reuniões da Santa Casa de Misericórdia de Marília passou informações importantes sobre atendimentos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), na noite do dia 5 de novembro. Médicos e profissionais que compõem equipes de urgência e emergência marcaram presença no evento.
A palestrante foi a médica neurologista Márcia Alves Moura Polin, coordenadora chefe da equipe médica da Neurologia do Hospital de Base de Bauru, representante do protocolo de atendimento de AVC da Unimed Bauru e docente da disciplina de Neurologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu.
A profissional discorreu sobre a importância do treinamento e da capacitação profissional para sistematizar e identificar o AVC no menor tempo possível. Isso porque, na maioria dos casos, é possível evitar sequelas com a utilização de medicamentos trombolíticos em até 4h30 a partir do início dos sintomas
A sigla SAMU (Sorrir, Abraçar, Música e Urgência) é usada para a identificação rápida dos sintomas, seguindo o Código de Cincinnati – escala de avaliação médica para diagnosticar o AVC. Pedir para a pessoa sorrir para saber se a boca está torta, abraçar para constatar se há perda de força e repetir a frase de uma música para checar a dificuldade na fala são testes fundamentais. Em caso de detecção destes sinais, a orientação é para que a pessoa seja encaminhada a um serviço de urgência o mais rápido possível. Estas dicas podem fazer com que as funções paralisadas no organismo sejam retomadas.
Polin destacou ainda a importância dos hospitais aderirem ao Programa Angels, do Laboratório Boehringer, que auxilia os médicos a estabelecerem e otimizarem centros capacitados para o tratamento do AVC isquêmico agudo, com o apoio de associações locais e internacionais. Em todo o País, são 111 unidades hospitalares com o selo da iniciativa, validado pela Sociedade Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e que conta com o apoio da World Stroke Organization.
“80% dos casos de AVC são reversíveis, levando-se em consideração que são os tipos isquêmicos. Os hemorrágicos são mais graves, mas representam apenas 20% do total de registros. Ações rápidas são muito importantes e os profissionais devem estar atentos para estes testes rápidos. Agradecemos imensamente a Márcia Polin por nos passar a grande experiência dela na área. Ficamos satisfeitos em saber que estamos no caminho certo”, enfatizou a diretora técnica da Santa Casa de Marília, Ismênia Torres.
A Santa Casa de Marília atua como hospital de retaguarda no atendimento de AVC na região de Marília, tendo como referência o Hospital das Clínicas. Os encaminhamentos são realizados via CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), ligada à Secretaria de Estado da Saúde.