Marília

Palhaços levam alegria e presentes a crianças em hospital

Palhaços levam alegria e presentes a crianças em hospital

Os Terapeutas do Sorriso, grupo de palhaços de hospital que completou 14 anos em 2016, promoveu uma visita especial de final de ano e além de alegria distribuiu presentes a crianças e adultos no Hospital Materno-Infantil nesta quarta-feira.

A visita começou com uma boa notícia: baixo índice de crianças internadas. Acostumados com pelo menos 20 a 30 pacientes na ala de pediatria, encontraram oito. Mas a festa foi ao posto de enfermagem, à maternidade e ao atendimento de porta do hospital.

Música, mensagens de feliz Natal, piadas e brincadeiras ajudaram a amenizar os transtornos de internação. Em alguns casos as visitas a se limitam às portas dos quartos, com animadas crianças enviando e recebendo carinho à distância nas situações em que o contato direto pode ser um risco aos pacientes.

A passagem e cantoria chamaram a atenção. Enfermeiros, residentes, equipe de gestão do Hospital, acostumados às visitas, aproveitaram para fotos e cumprimentos.

Mas é a recepção de crianças que mais emociona. Casos como o de Isadora, três anos, internada desde a sexta-feira com vermelhidão e sinais de dengue, que levantou para ir à porta acompanhar a passagem e esperar os palhaços.

Júlio, dois anos, estava no hospital para acompanhar a mãe em uma consulta de obstetrícia e também levou uma boneca e uma flauta para casa.

O trabalho segue treinamento que envolve preocupação com higiene, controle de contatos, muito jeito para lidar com as crianças e disposição. A visita provoca mais de uma hora de caminhada por quartos e alas do hospital.

Começa com chegada, transporte de caixas com brinquedos e bolsas de fantasias, preparação no vestiário e uma oração, que desta vez foi especial, com agradecimento pelo trabalho do ano todo.

A passagem pelos quartos é precedida de controle de higiene e contato com as equipes de atendimento. Só então vão aos pacientes. Em cada porta um pedido de autorização para entrar. Quando as reações permitem, o grupo canta, faz brincadeiras com a criança ou entre eles.

A receptividade é tão grande que os adultos invariavelmente interagem. Algumas mulheres pediram presentes, outras sem pedir levaram para casa brindes para filhos, sobrinhos ou netos.

A visita também serviu para uma revelação: em 2017 o grupo prepara celebração especial para os 15 anos de atividade. Vem muito humor, muito carinho e atendimento por aí.