
Terminou às 14h30 desta terça-feira uma paralisação de motoristas da empresa Grande Marília que atingiu 100% da frota da empresa. O protesto foi suspenso por falta de medidas legais de proteção aos trabalhadores, que não formalizaram todas as medidas legais para greve.
O presidente do Sindicato da categoria, Aparecido Luís dos Santos, disse que na manhã desta quarta-feira serão apresentados na prefeitura, Emdurb e delegacia regional do Trabalho todas as informações sobre a decisão dos motoristas para início de greve na próxima segunda-feira.
“Suspendeu a paralisação. Protocola amanhã o comunicado e se não houver acordo a partir de 0h de segunda-feira é greve por tempo indeterminado”, afirmou.
Aparecido disse que esperava reunião com a diretoria da Grande Marília desde o começo da manhã, mas só foi atendido depois das 13h e sem acordo.
“A resposta do diretor é: não tem dinheiro para pagar o atrasado deste mês e nem o salário no mês que vem. Pra mim já chegou, não falou mais nada”, disse o sindicalista.
Desde o início da paralisação um grupo de motoristas ficou em frente à garagem da empresa na zona Norte. De acordo com o sindicato, eram trabalhadores sem dinheiro para alimentação. “Compramos marmitas para atender quem estava aqui.”
O Sindicato diz que a empresa pagou apenas 40% dos salários no início de fevereiro e não há previsão para pagamento do resto. A empresa aponta crise financeira por queda no volume de passageiros com a epidemia e falta de reajuste por dois anos.
As duas empresas de transporte na cidade – Grande Marília e Sorriso de Marília – esperam resposta a um pedido de reajuste da tarifa. Também defendem alguma forma de subsídio municipal, como adotado em algumas prefeituras.
O prefeito Daniel Alonso descartou subsidio com recursos municipais e disse que pode suspender os contratos caso as empresas não garantam o transporte na cidade.