Uma solenidade nesta sexta-feira, dia 24, deve assinar em torno de 700 contratos de financiamento para apartamento do Residencial São Bento, na zona sul da cidade, de um total de 816 unidades.
A poucos dias da entrega oficial do empreendimento – prevista para acontecer no dia dia 1º de julho – pelo menos cem contemplados ainda não resolveram pendências na Caixa e não devem assinar agora. Eles correm contra o tempo. São contratos em que houve qualquer divergência de informação, falta de documentos, demora em atender as diferentes convocações.
O maior risco para estes contemplados é uma mudança de legislação que a partir do dia 1º de julho vai deixar as prestações mais caras, o que pode até inviabilizar alguns dos contratos.
O Residencial São Bento é um projeto financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida. Inclui 141 apartamentos com função social – desfavelamento ou critérios sociais e de indicação judicial – e projeto prestações entre R$ 25 e R$ 80.
Em março o governo baixou portaria que altera todos os valores, com previsão de vigorar a partir de 1º de julho. As prestações para quem perder o prazo agora vão passar a valores entre R$ 80 e R$ 270 reais. Além disso os moradores vão pagar água, luz, gás e condomínio.
A pressa na reta final de entrega dos apartamentos é o ponto alto de um processo cheio de atropelos e falhas. O residencial atraiu mais de 20 mil inscrições mas muitos dos candidatos já não atendiam todos os critérios do programa Minha Casa Minha Vida.
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O controle começou com a montagem dos processos de aprovação dos financiamentos para os contemplados. A Caixa rejeitou dezenas de nomes.
São casos com renda acima do previsto no programa, candidatos com outros financiamentos e diferentes formas de restrições. Mais de 200 suplentes acabaram convocados após a lista oficial dos contemplados. E mesmo na reta final o processo enfrenta complicações. Muitos moradores ignoraram convocações para vistoria, sorteio e outras fases.
“Fizemos todas as convocações por edital, por cartas com AR (aviso de recebimento), telefone. Fizemos da forma mais transparente possível para avisar todo mundo. Inclusive as pendências que estão na Caixa tiveram acompanhamento uma a uma, entregamos todos os documentos que foram pedidos”, explica Maria Estela Monteiro, assessora de gestão na Secretaria Municipal da Assistência Social.
Estela acredita que todos os contratos possam ser assinados antes da mudança de valores e disse que mesmo no caso de rejeição de alguns contratos ainda há uma margem de contemplados a serem chamados para eventuais sobras.
