Marília

Pesquisa de aluno cria Brigada de Estudantes na Unimar

Estudante Filipe Ceolin e o orientador Odair Laurindo Filho, da Unimar, responsáveis pelo projeto
Estudante Filipe Ceolin e o orientador Odair Laurindo Filho, da Unimar, responsáveis pelo projeto

Um projeto de pesquisa desenvolvido por um estudante do curso de engenharia da Unimar é o embrião de um serviço inovador, que cresce na universidade e atrai público externo: uma brigada estudantil de combate e prevenção de incêndios e atendimento a emergências.

A proposta é capacitar estudantes a trabalhar com suporte aos serviços públicos de atendimento, preparados para evitar e contornar situações de risco, auxiliar atendimento primário em caso de acidentes ou ferimentos e colaborar na solução de situações de crise.

A iniciativa surgiu em um trabalho de iniciação científica, atraiu alunos interessados no curso e ganhou o campus. Um processo de inscrição de interessados pela internet atraiu mais de 140 candidatos de diferentes cursos e ganhou até adesão de moradores.

O  trabalho envolve desde controle de pequenos focos de incêndio até suporte para os serviços médicos em casos de acidentes de trânsito, por exemplo.

A proposta inicial seria conscientização de alunos sobre práticas como abandono de edifícios em situações de emergência e capacitar uma equipe de alunos.  Como projeto de iniciação científica, o estudo tem data certa de início e fim. Mas já é tratado como certidão de nascimento para um novo serviço que deve continuar após a conclusão da pesquisa.
“É um projeto de pesquisa que incorpora uma parte prática muito relevante. Surgiu muito simplória, forma de  estudo sobretudo por legislação e possibilidade de formação da brigada. O projeto chegou ao ponto de qualificar os inscritos. E aí a grande surpresa. Quando fizemos a inscrição pelo site, atraímos alunos de praticamente todos os cursos.  Surpreendeu”, explica o professor Odair.

As inscrições resultaram em três turmas de estudantes a serem capacitados. O treinamento prático começa no dia 25 e inclui calendário que vai oferecer oito horas de formação.

Os estudantes serão orientados sobre medidas simples como identificar a estrutura de equipamentos e dispositivos de segurança, ações de orientação em evacuação de prédios ou afastamento de zonas de risco e suporte ao atendimento em casos de acidentes, como avisar a equipes médicas e de socorristas as situações das vítimas e envolvidos nos acidentes.

“Considerando a grande população flutuante durante os períodos diurno e noturno, concluiu-se que uma brigada formada por membros do corpo estudantil seria uma forma mais eficaz para agir de maneira preventiva nos ambientes escolares”, diz a apresentação do estudo produzida pelo aluno.

A qualificação vai envolver o próprio Filipe e sua formação em técnico, o orientador Odair Laurindo e mais dois engenheiros em segurança do trabalho, os professores Márcio Lunardelli e Edson Navarro. “Essa é uma parte boa da universidade. Quando você faz tende a ser um modelo”, define Odair Laurindo.
 
“Vai oferecer parte teórica e prática tanto de combate a incêndios quanto de primeiros socorros. A massagem, como utilizar extintor mas não limitar só ao espaço da universidade. Orienta para casos em que o aluno testemunhe uma situação de emergência, saber a quem acionar, se é o Resgate do Corpo de Bombeiros ou o Samu, Você consegue saber passar informação melhor, a quem passar”, explica Filipe.
 
Para o professor, o projeto já tem uma missão de criar cultura para que outros alunos deem prosseguimento ao trabalho. A universidade já discute como a iniciativa será preservada e ampliada nos próximos anos.
 
“Sinceramente não tinha ideia que pudesse atingir essa dimensão. Começou como conversa, papo em corredor sobre a ideia, que eu já tinha há algum tempo. Quando começou a discussão sobre participações, abrimos as inscrições e vimos em poucas horas aparecerem muitos candidatos”, disse Filipe.