Marília

Pesquisa em Marília mostra riscos e velocidade de danos com poluição de queimadas

Pesquisa em Marília mostra riscos e velocidade de danos com poluição de queimadas

Um estudo do pesquisador Vitor Engracia Valenti, da Unesp de Marilia, mostra que a poluição e resíduos provocados por queimadas de mato e áreas rurais pode chegar à circulação em um minuto e agravar riscos de problemas como AVC e problemas cardíacos.

A pesquisa foi desenvolvida a partir da comparação de vários estúdios sobre poluição, movimentação das partículas e impacto no organismo.

Neste sentido, a fumaça das queimadas e a intensidade da poluição reproduzem de forma rápida e acentuada condições gerais de poluição do ar.

“Em um minuto material tóxico inalado da queimada entra nos vasos sanguíneos. A fuligem aumenta risco de infarto e AVC em pessoas com diabetes e hipertensão”, diz o pesquisador

Ele destaca que os resíduos podem ser levados a vários quilômetros de distância e queimadas em vizinhas impactam também pacientes em Marília.

“Em áreas mais próximas, 300 metros ou 40 metros, o impacto é muito forte. Mas locais de trabalho, residências, a cinco ou dez quilômetros ainda podem ter intensidade média”, explica.

É uma condição especialmente preocupante em ambientes como hospitais ou mesmo residências com pacientes cardíacos ou com riscos e quadros de AVC< que apresentam maior vulnerabilidade aos impactos dos resíduos.

“O resíduo na circulação pode char ao cérebro, rins, intestino ou estômago. Em uma hora a manifestação pode se tornar clínicas, com problemas respiratórios e metabólicos.”

O pesquisador diz ainda que a máscara comum – aquela que acostumamos a usar durante a epidemia – protege, mas descartáveis devem ser trocadas, as outras precisam ser lavadas.

“Uma pessoa que não tem máscaras deve fechar os ambientes – janelas e portas – e se possível ligar um umidificador, ele melhora a qualidade do ar e reduz exposição”