Marília

Pesquisador de Marília encontra novos fósseis de crocodilo na região

Pesquisador de Marília encontra novos fósseis de crocodilo na região

O paleontólogo William Nava, pesquisador que revelou a rota dos dinossauros por Marília e região, fez nova descoberta de impacto com crânio de um crocodilo e outros restos ósseos.

O material pode dar novas informações sobre o Mariliasuchus, uma espécie descoberta por Nava e identificada com o nome da cidade, ou até revelar espécies diferentes que viveram na região.

A descoberta feita em maio aconteceu durante escavação em obra às margens de uma rodovia. Encontrou pequenos ossos fossilizados que chamaram a atenção.

Identificou duas vértebras isoladas, mas próximas uma da outra. e escavou  com cuidado em uma fratura natural da rocha de arenito. Parte do bloco desprendeu do barranco, revelando outros restos ósseos em seu interior.

Os fósseis foram levados ao laboratório do Museu de Paleontologia de Marília para de preparação mecânica com equipamentos como caneta preparadora, estiletes e outras pequenas ferramentas.

Nava aproveitou os feriados da semana passada para remover pequenas porções de arenitos que recobrem os fósseis, e nessa atividade, surgiram também evidências do crânio do crocodilo.

“O crânio é pequeno, mede cerca de 6 a 7 cm de comprimento, está em vista dorsal, o que impede de observarmos os dentes. Assim que tivermos acesso à dentição, poderemos confirmar se se trata de algum crocodilo da espécie Mariliasuchus ou outra espécie diferente” disse Nava.

O crânio está articulado às vértebras cervicais e parte da cintura escapular, um indício de soterramento rápido, o que acabou preservando o esqueleto em posição de vida. 

Nava afirmou que esse achado revela potencial para novas descobertas. Em área próxima ele já havia registrado restos ósseos isolados também de pequenos crocodilos, porém eram partes muito mal conservadas, não permitindo estudos.

Além do Mariliasuchus amaral, a cidade tem registros do e Adamantinasuchus navai, pequenos crocodilos que viveram na região no período Cretáceo, há cerca de 70 -80 milhões de anos, junto com grandes titanossauros.

A pesquisa, que provocou a criação e ampliação de um museu de paleontologia na cidade e transformou o dinossauro em símbolo do município, já revelou também restos de um’ Dinotitã’, atualmente em estudos na Universidade de Brasília.