A Polícia Federal, junto ao Ministério Público Federal, investiga a Famema e a Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) pelo descumprimento da Lei de Licitações e pelos crimes de peculato, que é o desvio de dinheiro público, e até formação de quadrilha.
A Famema já vinha sendo investigada pela Polícia Federal e pelo MPF há seis meses. Na manhã de hoje, a PF executou a operação “Esculápio”, na qual cumpriu 12 mandatos de busca e apreensão que resultou na retenção de documentos e computadores da Famema, de unidades de saúde, clínicas e residências.
De acordo com o delegado-chefe da PF em Marília, Fernando Battaus, existem indícios de direcionamento de licitações, pagamentos exacerbados de plantões a médicos e fraudes em contratos de locação de imóveis. O delegado explica que a Famar tem contratado clínicas particulares, com dinheiro público, para prestar serviços médicos públicos, que deveriam ser fornecidos pelo hospital da Famema.
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Segundo o Procurador da República Jefferson Aparecido Dias, um dos dados investigados é que os gestores da Famar estariam contratando as próprias empresas para a prestação desses serviços, ocupando assim cargos de contratante e contratado.
Além das diretorias da Famar, da Famema e do Hospital das Clínicas, o procurador aponta que as investigações abrangem pessoas de vários escalões, incluindo gestores e também funcionários.
