A minha vozinha que já está no céu sempre dizia: “ que fulano não dá ponto sem nó” enquanto ela costurava alguma roupa. Quando era mais novo nunca entendia esse dito popular e outros como – é o fim da picada. Hoje, tantos anos depois, acredito que o fim da picada seja porque nós (ou eu) só sentimos o mosquito quando a picada já está no fim. O tal do ponto sem nó, vemos e acompanhamos todos os dias.

Em 1951, quando o então presidente do Brasil Jânio Quadros renunciou, foi sim um ponto sem nó. Ele acreditava piamente que a população ficaria do seu lado e com isso, o Congresso não aceitaria sua renúncia. Deu com os burros n’água. Outra expressão muito usada. Voltando no ponto sem nó,o Temer sim, não dá ponto sem nó. A última para não temermos foi a história do Exército tomar conta dos presídios da região norte que vão de mal a pior.  Uma clara demonstração de que nem ele e nem seu ilustríssimo Ministro da segurança sabem o que fazer para conter as rebeliões e o que é pior,ocaos de lá também pode se espalhar para cá.

Ao delegar praticamente o controle dos presídios de lá para os militares, ele lava suas mãos e pode entrar num jogo que é certamente mais fácil de entrar do que sair. Se não me falhe a memória, é do Che Guevara a frase muito hábil: “Ladrão que começa roubando banco, acaba virando ladrão de bancos”. Isso realmente aconteceu durante a Ditadura Militar de 64 no Brasil. A esquerda roubava bancos para financiar seu movimento e poder enfrentar os milicos, o problema é que alguns gostaram tanto de roubar bancos que acabaram mesmo virando ladrão de bancos.

O problema, é que os militares podem fazer  igual a alguns da esquerda com a história dos bancos e gostarem do controle,  resolvendo controlar não só os presídios do Norte, mas o país também.