Marília

População em presídios de Marília e região supera ou equipara pequenas cidades

População em presídios de Marília e região supera ou equipara pequenas cidades

Unidades carcerárias no corredor de presídios e complexos penitenciários do centro-oeste paulista, que inclui a de Marília, mantêm população maior ou igual a cidades como Borá, Fernão e outros pequenos municípios do Estado. E até mais.

A comparação usa dados divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária e pelo Censo 2022, divulgado neste ano pelo IBGE.

Segundo a Secretaria, o Estado todo tem 195.876 detentos, com 682 a mais que o número registrado em 31 de dezembro do ano passado, mas abaixo dos 203.101 registrados em 2021.

Os dados mostram que ainda assim praticamente todas ainda atuam com excesso de detento. Já o Censo mostrou crescimento de população abaixo do esperado e indica que algumas cidades diminuíram.

O complexo penitenciário de Marília, que envolve o presídio e o centro de ressocialização, registrava no sábado 1.439 detentos. Eram 852 na penitenciária e 587 na ressocialização.

É uma população maior que a de Borá (907), Nova Castilho (1.062) e Uru (1.387). Chega perto do número de moradores de Fernão, um distrito de Gália transformado em município em 1995 e que registrou 1.656 moradores.

Os presídios mais novos da região – duas unidades instaladas em Gália e inauguradas em 2022 – já somam 1.827 detentos – e superam o antigo distrito da cidade. Uma das unidades já ultrapassou sua capacidade, com 1.013 detentos para 725 vagas.

No maior complexo em cidades próximas, o de Pirajuí tem 3.110 pessoas em duas unidades masculinas e uma unidade de reeducação feminina.  O número está acima da popualção das dez menores cidades do Estado.

Aliás, Álvaro de Carvalho também tem sua unidade com lotação acima do limite. O presídio da cidade: 1.264 para 873 vagas, além dos 231 para 222 de capacidade projetada na detenção provisória.

Getulina, com 1.227 para 857 vagas, é outra unidade ‘superpovoada’ na região. O Estado tem ainda outros destaques, como o Complexo do Tremembé.

Conhecido por receber nomes como Alexandre Nardoni; Roger Abdelmassih; Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, o complexo reúne 3.515 detentos.