A Prefeitura de Marília pediu a retirada de votação de projetos para implantação do Plano de Carreiras para servidores municipais que deveriam ser discutidos na sessão desta segunda na Câmara com medidas que reorganizam a administração e criam aumento de gastos com folha de pagamento.
A medida deve provocar impacto colateral com atraso na votação de um projeto semelhante apresentado para implantação do plano também na Câmara de Marília, faz que faz gestão independente de gestão de pessoal.
Em dois ofícios, o prefeito Daniel Alonso pediu a retirada dos projetos para melhor análise especialmente em decorrência da epidemia de coronavírus e da crise econômica decorrente das medidas de restrição à circulação de pessoas.
A discussão dos projetos foi programada pela Câmara com previsão de uma sessão extraordinária que deveria ser realizada na noite da segunda. Com a decisão da prefeitura a sessão foi cancelada.
A divulgação da pauta provocou reações contra os projetos em função do momento do país e da cidade pela crise que acompanha a pandemia.
Os dois casos, que criam programa de valorização, recomposição salarial e reorganização de carreiras nos serviços públicos, embutem aumento de gastos com a folha salarial.
O pedido de adiamento diz ainda que o projeto principal do Plano segue em análise da Câmara e aponta que qualquer medida só poderia ter efeitos a partir de 2022 em função de regras federais de responsabilidade fiscal.
A implantação do Plano de Carreira é uma promessa feita pelo prefeito Daniel ALonso ainda em 2016, na campanha eleitoral para o primeiro mandato. Um plano chegou a ser aprovado pela Câmara no final da gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha, mas a medida acabou revogada em janeiro de 2017, com a previsão de voltar à poauta em 90 dias.
A discussão foi arrastada até 2020, quando chegou a entrar em discussão mas foi adiada em função do período eleitoral e da pandemia.