Marília

Prefeitura vai à Justiça para Grande Marília manter ônibus e serviços em Marília

Prefeitura vai à Justiça para Grande Marília manter ônibus e serviços em Marília

A Prefeitura de Marília apresentou à Justiça um pedido de liminar para obrigar a empresa Grande Marília a manter os serviços de transporte coletivo na cidade e cumprir o contrato de concessão. A empresa ainda não foi notificada para responder a ação.

A medida é resposta a uma notificação da empresa que anunciou a paralisação dos serviços a partir do dia 31 de março. A Grande Marília, responsável pelas linhas de ônibus nas zonas norte e leste de Marília, acusa quebra do contrato por falta de equilíbrio-econômico financeiro.

Segundo a prefeitura, o contrato está em vigor, não houve quebra das regras e o serviço é essencial e não pode ser abandonado sob risco de grave prejuízo para a comunidade.

Em ofício encaminhado à administração em fevereiro, a Grande Marília diz que está sem fluxo de caixa e que o atendimento depende de recursos como subsídios da prefeitura. Anunciou o cancelamento do contrato.

A Prefeitura diz que o subsídio não está previsto no contrato, não tem autorização legislativa e nem previsão de recursos no orçamento ou condições de desviar dinheiro da gestão para este atendimento.

Destaca ainda um acordo judicial celebrado no início de 2019 com previsão de reajuste das tarifas a ser analisado a partir de novembro de 2020.

Em fevereiro deste ano o SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização) do Transporte Público aprovou um parecer da Emdurb para reajustar as tarifas de R$ 3,80 para R$ 4,50. 

O parecer ainda está em análise na prefeitura. O ofício para rescisão do contrato atravessou a discussão e a empresa diz que o aumento não é suficiente.

A Grande Marília, oficialmente registrada como Grande Bauru, já tirou da cidade alguns dos ônibus e avisou trabalhadores sobre demissão a partir do dia 31. Em fevereiro e março atrasou pagamento de salários e criou ameaça de greves, que acabaram contornadas.