Uma reunião na sede do Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília), definiu lotes de áreas com domínio público que serão leiloados para auxiliar na recomposição financeira do instituto, que enfrenta rombo por anos de calotes nos repasses da Prefeitura.
Segundo a presidente do Ipremm, Mônica Regina Silva, foram definidos 21 lotes, na sua grande maioria terrenos não utilizados pelo município, que serão leiloados para reforçar os cofres do Instituto.
Com a definição dos locais que serão leiloados, agora será feito o projeto de lei para ser apreciado pelos vereadores. “Vamos precisar dos vereadores para a aprovação desse procedimento. Eles têm nos apoiado em tudo que é relacionado ao Ipremm. Isso é muito importante para os nossos servidores”, disse Monica.
Logo após aprovação, o próximo passo é a contratação de leiloeiro e depois dar início efetivamente ao leilão com a designação das datas. Na primeira fase das vendas a expectativa é de arrecadar cerca de R$ 15 milhões.
“Recebemos essa determinação do prefeito e de imediato começamos a mapear na cidade, encontrando esses locais e, com a ajuda das secretarias, já definimos e agora vamos dar início ao processo de leilão”, disse.
“Quando assumimos a Prefeitura uma das grandes preocupações era a situação financeira caótica que se encontrava o Ipremm. Junto com os nossos técnicos tivemos essa ideia e agora vamos colocá-la em prática”, disse o prefeito Daniel Alonso.
De acordo com o prefeito, novas fontes de recursos para deixar o Instituto salvo poderão ser estudadas e colocadas em prática durante sua gestão.
“No início de 2017, quando assumimos a administração, a situação do Ipremm era praticamente de falência, com cerca de 200 milhões de déficit financeiro. Mesmo com toda essa dificuldade, conseguimos honrar com os pagamentos dos aposentados e pensionistas durante todo o ano”, disse Levi Gomes, secretário municipal da Fazenda.
Atualmente o Ipremm possui um patrimônio de cerca de R$ 30 milhões. “Precisamos tomar muito cuidado e ficar cautelosos para não deixar a situação ficar como estava no passado”, disse Monica.
Ela afirmou que a atual administração está com os pagamentos devidamente em dia, tanto em relação as contribuições descontadas dos servidores e a parte patronal quanto ao parcelamento que foi assumido.
O instituto já conseguiu avanços como a CRP (Certidão de Regularidade Previdenciária), que deu condições do município de receber verbas federais e realizar financiamentos.
Também foi conquistada uma decisão favorável que possibilitou em curto prazo a liberação do Comprev (Compensação Previdenciária), na época, cerca de R$ 22 milhões.