O governo do Estado de São Paulo projeta gastar R$ 83.769.908 com “gestão da custódia da população penal” na região administrativa de Marília em 2017, o segundo maior orçamento do setor no Estado. Perde apenas para a grande São Paulo, que vai receber R$ 131.981.617.
Para comparar com dados locais, o orçamento da gestão de presídios vai consumir mais que o Hospital das Clínicas, principal centro médico da região, responsável por atendimento a 62 municípios.
Transformado em autarquia em 2015, o HCFamema vai receber em 2017 R$ 63 milhões, dos quais deve consumir perto de R$ 40 milhões com pessoal.
Os números estão na proposta de orçamento que o governador Geraldo Alckmin encaminhou para a Assembleia Legislativa. O projeto está em fase de apresentação de emendas – dezenas delas – e a destinação final dos recursos ainda pode mudar.
O orçamento não apresenta valores específicos por cidades e trata sempre de regiões administrativas. Marília A verba para presídios é disparada o maior repasse para a região considerando orçamentos isolados por setor.
Unidos o orçamento do HC e da Famema, o complexo chega a R$ 107 milhões, já que a Faculdade deve receber em torno de R$ 44 milhões no próximo ano. É o menor orçamento para as instituições isoladas de ensino, quase metade do que recebe a Faculdade de Medicina de Rio Preto, estadualizada com mesmo perfil, que terá orçamento de R$ 75 milhões.
Em quarto lugar aparecem repasses para habitação. O governo prevê investir R$ 25 milhões em “provisão de moradias”, maior apenas que as previsões de Santos e Barretos.
O baixo orçamento em moradias de Santos é compensado pelo programa de urbanização de favelas. A região do litoral terá R$ 36 milhões, a de Marília vai receber R$ 4 milhões.
Modernização da segurança pública, com R$ 600 mil, e recursos hídricos, com R$ 1.000.0000 são alguns dos menores valores destinados para a região.
Geraldo Alckmin projeta gerir R$ 206 bilhões no próximo ano. O projeto prevê que ele tenha um cheque em branco, com autorização para gastar como quiser, mais R$ 35 bilhões em eventuais créditos adicionais ao orçamento.
O governador pede ainda autorização prévia para assumir até R$ 13 bilhões em dívidas e financiamentos, 5% do orçamento.