Marília

Pressionada, prefeitura divulga combate e fim da epidemia de dengue

Agentes durante ações no início do ano
Agentes durante ações no início do ano

A Prefeitura de Marília divulgou neste sábado um novo balanço do trabalho de combate à dengue em Marília em nota em que aponta números de imóveis visitados, pede apoio popular e aponta fim da epidemia na cidade.

A divulgação acontece com a administração pressionada por uma ação civil pública que pede mais agentes de saúde além de medidas contra o prefeito. A ação deve ter na próxima semana resposta judicial a um pedido de liminar para contratação de mais agentes de saúde exclusivos para controle da doença.

Segundo a nota distribuída neste sábado, as equipes de Marília trabalharam no bloqueio e controle de criadouros, nebulização, ações educativas e visitas em imóveis nas áreas dos bairros Cascata e Alto Cafezal.

O secretário municipal da Saúde, Danilo Bigeschi, aponta o fim da epidemia da cidade e aponta a evolução da doença em outras cidades como preocupação para Marília. “Mesmo após o encerramento da epidemia de dengue em Marília, diversos municípios do Estado de São Paulo permanecem com ampla transmissão da doença, demonstrando que a transmissão continua durante o inverno”, diz o secretário.

Segundo a nota, em julho foram confirmados três casos oficiais da doença – nos bairros Cascata, Alto Cafezal e Nova Marília – entre 23 suspeitos investigados. Não há mais dados de evolução da doença durante o ano.

Até maio, quando os dados eram divulgados, a cidade atingiu mais de 15.200 casos e pelo menos oito mortos. A ação judicial movida pelo Ministério Público fala em 13 mortes e lista os nomes das vítimas da doença.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 3.059 imóveis foram visitados pelos agentes de controle de endemias na primeira semana de agosto. As vistorias técnicas ocorreram nos bairros São Geraldo, Barbosa, Boa Vista, Santa Olívia, Centro e Saliola.

AÇÃO E PRESSÃO

A retomada da divulgação de informações sobre a dengue rompe um silêncio de quase três meses de falta de informações sobre o controle da epidemia na cidade e coincide com a tramitação da ação civil pública em que o promotor Isauro Pigosi Filho acusa a administração de omissão na epidemia.

Desde maio sem divulgar dados e números, a prefeitura voltou a falar sobre a dengue no dia 31 de julho, data em que a ação foi distribuída no Fórum e tornou-se pública.