Marília

PRIVATIZAÇÃO – Sabesp só “busca informações” em Marília e explica tarifa alta

PRIVATIZAÇÃO – Sabesp só “busca informações” em Marília e explica tarifa alta

A Sabesp, a maior empresa do país em saneamento básico, enviou nota ao Giro Marília para explicar seu formato de cobrança de tarifas nas cidades onde atua e que na maioria dos casos são mais altas que as cobradas pelo Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) em serviços a serem privatizados no próximo ano.

Apontada como uma das candidatas a assumir os serviços em Marília, a Sabesp informou ainda que “apenas busca obter informações do município” e não há posicionamento sobre o processo de concessão com a cidade.

Segundo a nota, toda a política de tarifas cobradas pela empresa é direcionado por um decreto estadual que envolve uma série de fatores. “São levados em consideração diversos fatores como custos dos serviços, previsão para devedores, amortização das despesas, condições ambientais e climáticas, quantidade consumida, categorias e condição econômica do usuário”, diz a empresa.

Além de valores mais altos, a Sabesp usa faixas de valores diferentes da aplicadas pelo Daem. Enquanto em Marília a primeira faixa de consumo com cobrança vai de seis a 15 mil litros, a Sabesp tem faixa inicial até dez mil litros.

A privatização dos serviços de captação e distribuição de água, coleta e destinação do esgoto aguarda edital que vai direcionar a concorrência pública. Além da Sabesp, a Holding Aegea, uma gigante que opera em 45 cidades e é a segunda maior empresa privada do setor, já procurou informações na cidade.

Confira a íntegra da nota enviada pela Sabesp sobre os valores das tarifas.

A Sabesp informa que não cobra pela água em si, pois se trata de um bem público. A empresa cobra pelos serviços de tratamento e distribuição da água, e pela coleta dos esgotos. A empresa também esclarece que a política tarifária é regida pelo Decreto 41.446/96, que dispõe sobre o regulamento do sistema de tarifas dos serviços prestados pela companhia de saneamento. Para a cobrança são levados em consideração diversos fatores como custos dos serviços, previsão para devedores, amortização das despesas, condições ambientais e climáticas, quantidade consumida, categorias e condição econômica do usuário. A intenção é associar a viabilidade econômica aos aspectos sociais dos serviços de saneamento.

A empresa também ressalta que o valor tarifário varia de acordo com o consumo de água, sendo que o mínimo padrão é de 10 m3 com um valor fixo. A partir daí, existem faixas de consumo variáveis, além de categorias divididas em residencial, comercial, industrial e pública. Também há as tarifas social e residencial favelas que possuem 5 faixas de consumo.

A arrecadação permite que a Sabesp invista em novos serviços e realize empreendimentos que favoreçam a qualidade de vida da população do Estado. A empresa, que atende 364 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, é responsável em média por um terço de tudo o que se investe no País em saneamento básico.

A empresa também esclarece que os valores das tarifas estão disponíveis no site www.sabesp.com.br