Marília

Produção de tapetes para Corpus Christi une trabalho e histórias de fiéis em Marília

Produção de tapetes para Corpus Christi une trabalho e histórias de fiéis em Marília

Lúcia, aposentada; Cristiane, advogada, Alda, professora. Mulheres em atividades, bairros e ligadas a paróquias diferentes de Marília respondem com outras dezenas de pessoas por um longo trabalho para produzir e instalar tapetes decorativos para procissão de Corpus Christi, que celebre a eucaristia, nesta quinta-feira na cidade.

A procissão vai percorrer o centro após uma missa campal, com início previsto para 16h. A Diocese de Marília pede doação de alimentos não perecíveis a serem entregues a famílias em vulnerabilidade social na cidade.

Os perfis pessoais tão diferentes são unidos pela mesma ideia: mensagens de fé e celebração para a passagem do ‘corpo de Cristo’ simbolizado pelo ostensório, ou Santíssimo.

Maria Lucia Pereira Cestari é professora aposentada, atua junto à paróquia de Santa Rita, na zona sul, e há muitos anos participa no trabalho de decoração para a procissão.

“É o único dia em que a hóstia deixa as igrejas e sai para as ruas. Estamos nesse trabalho há muito tempo, e muito legal pela integração das paróquias, todas trabalhando juntas. A gente compartilha material, há uma integração muito grande. E consegue integrar muitas pessoas”, explica.

É um trabalho que começou em abril com reuniões e organização em cada paróquia para coletar material, que varia de pó de serra a tinta, tampinhas, borra de café, sal, fubá, casca de ovo e outros materiais.

“O que me motiva a participar é justamente isso: essa interação entre as pessoas pelo mesmo motivo que é o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.”

O mesmo motivo que levou ao projeto a advogada e empresária do ramo de buffet Cristiane Lopes Nonato Guidorzi, vinculada à Maria Mãe da Igreja, na zona oeste da cidade.

“O que me leva a esse trabalho é muito simples…DEUS. A resposta que Ele nos dá diante de nossa dedicação é sentida a cada dia, nas vitórias que conquistamos e no amor que sentimos em cada pessoa”, disse.

Coordenadora da Pastoral da Acolhida na Igreja, Cristiane atuou neste ano na coleta de material para o trabalho mas não poderá estar na montagem dos tapetes: está na equipe de montagem das cadeiras e da estrutura da missa campal em frente à Basílica de São Bento.

A professora universitária Alda Ottoboni, nascida em Vera cruz, acompanha desde a infância a tradição dos tapetes naquela cidade, que atrai turistas para a procissão com ruas pintadas.

Há quatro anos atua na Paróquia de Nossa Senhora da Rosa Mística em Marília e diz que a celebração é momento que honra morte e ressureição de Cristo.

“Sempre me motivou ver a união dos fiéis, a construção destes tapetes dedicados a Jesus e a possibilidade de, nesse momento específico, viver solidariedade, respeito, diálogo, verdadeiro amor, poder dividir mesmo”, explicou.

O tapete vai cobrir seis quadras do trajeto na procissão entre a Basílica e o Santuário de Nossa Senhora da Glória, ambos na região central. Estará na Nelson Spielmann, na rua 9 de Julho e na avenida Sampaio Vidal. A montagem começa pela manhã.

“A celebração une 19 paróquias da cidade e a relevância dos tapetes é saudar Jesus Eucarístico, manifestar a fé na eucaristia. O trajeto por onde ele vai passar vai estar todo enfeitado”, disse o padre Tiago Barbosa, da Pastoral da Comunicação na Diocese de Marília.