Marília lançou nesta segunda-feira (18) um programa de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes que vai unir atendimento médico-psicológico, encaminhamento judicial e acompanhamento social para vítimas.
O projeto prevê trabalho unificado da Prefeitura, Unimar, Ministério Público e órgãos de assistência social na cidade.
O programa foi lançado em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infantil.
O abuso sexual ocorre quando a criança ou o adolescente é obrigado por um adulto a manter práticas sexuais, com ou sem contato físico. Já a exploração sexual é a relação sexual com criança ou adolescente que envolve o pagamento por meio de dinheiro ou benefícios.
A Prefeitura vai receber denúncias, identificar casos nas unidades da Educação, Saúde e Assistência Social. Após a denúncia, polícia e Conselho Tutelar estarão aptos para o devido encaminhamento até o crime ter a punição pelo Poder Judiciário. Universidade de Marília colocará á disposição a clínica de Psicologia para a retaguarda às vítimas e familiares.
A pró-reitora de ação comunitária da Unimar, Fernanda Mesquita Serva, afirmou que a o atendimento na universidade deve envolver diferentes cursos e profissionais. “Publicidade será responsável pela campanha na imprensa, divulgando o programa. A Faculdade de Direito oferecerá a retaguarda jurídica enquanto os cursos de Psicologia e da Saúde o respaldo humano”, disse Fernanda.
O Procurador da República Jefferson Aparecido Dias, coordenador do projeto de extensão da Faculdade de Direito da Unimar, ressaltou que o programa tem tudo para dar certo pela união dos mais diferentes segmentos. “Agora o fundamental é a parceria da população, para denunciar o abuso sexual infantil e outras formas de violências”, afirmou.
O Promotor Jurandir Afonso Ferreira, da Vara da Infância e Juventude, ressaltou que o programa nasce forte pelo envolvimento de várias áreas. “Isso proporciona credibilidade para a população aderir a essa campanha e o resultado proposto ser plenamente atingido”, destacou.
O juiz da Vara da Infância e Juventude, José Roberto Nogueira Nascimento, lembrou que o fundamental é atuar na prevenção. “Quando a polícia e judiciário tomam conhecimento do caso, ele já ocorreu. O programa visa inverter essa realidade, antes de mais nada estimulando a prevenção.”