Marília

Projeto na Câmara de Marília dá nome de Luiz Toffoli a antiga estrada rural

Projeto na Câmara de Marília dá nome de Luiz Toffoli a antiga estrada rural

Um projeto de lei em tramitação na Câmara de Marília pretende dar a uma antiga estrada rural na zona sul da cidade o nome de Luiz Toffoli, um trabalhador rural e pedreiro que virou produtor agrícola, pequeno empresário e ativista religioso na cidade que faleceu em dezembro de 2006.

E se o currículo já não bastasse, Luiz, nascido em 1º de outubro de 1912 em Espírito Santo do Pinhal, foi o pai de José Ticiano, prefeito da cidade em 1912, e José Antonio, mariliense que chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A estrada rural liga o bairro Florença a estâncias de chácaras na região da Coca-Cola. Embora tenha aspecto rural, foi incluída na zona urbana. Todos os imóveis ali recebem conta do IPTU, ainda que muitos serviços urbanos cheguem mal ao local.

Luiz era descendente de italianos, filho de Domingos Tiziano Toffoli e Esther Maria Julia Agassi, e chegou a Marília em 3 de outubro de 1929, aos 17 anos.

Trabalhou com lavoura de café, colheita de uvas e ajudava o pai a fazer vinhos para a venda. Também atuou na construção civil e já na sua chegada trabalhou nas obras de alicerce da Santa Casa.

Em conjunto com José Ettore, um de seus nove irmãos, montou a Oficina São José para produção de arados, rodas de carroça, carroças e carrocerias. Diz a história que mostrou talento como carpinteiro,

Em1954 casou-se com Sebastiana Seixas Dias – já falecida também -, com quem teve nove filhos – José Luiz, José Carlos Maria Esther, José Eugênio, Maria Eloiza, José Vicente, José Antonio e José Eduardo.

Também com Ettore, teve propriedade rural em Lucélia, formou plantações em Dracena, Tupi e Ouro Verde.

A casa com a grande família na rua Lima e Costa, próxima à escola Gabriel Monteiro, o carro cheio de filhos na saída para a escola pela manhã, são algumas passagens sempre citadas de Luiz, que é lembrado também pela fé e dedicação à Igreja Católica.

Foi ativista junto a grupos como os Vicentinos e Marianos, participava rotineiramente das atividades cotidianas.

Nunca frequentou ensino formal, mas aprendeu a ler e escrever. Além disso, estudava física de forma empírica. Aos 85 anos, mostrou interesse por arte e desenhos, dos alguns chegaram a molduras.

O projeto tramita na Câmara em análise técnica e parecer e é uma iniciativa do vereador Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho.