Marília

Projeto reintroduz em Marília espécie de abelha em risco de extinção

Projeto reintroduz em Marília espécie de abelha em risco de extinção

A integração de técnicos, voluntários e iniciativa privada iniciou em Marilia um projeto de recuperação e preservação da Uruçu Amarela, uma espécie de abelhas em risco extinção e já considerada fora do bioma em todo Centro-Oeste Paulista.

A atividade é desenvolvida pela Associação Doce Futuro que recebeu 30 colônias de Uruçu para criar, multiplicar e reintroduzir na natureza.

O trabalho teve apoio da empresa Aranão Transportes que adquiriu as colônias junto a um meliponário de Santa Catarina.

Johnny Thiago Santana, presidente da Associação Doce Futuro. Disse que a entidade já criava outras 21 espécies nativa, mas não tinha ainda em seu plantel a Uruçu Amarela.

A Associação também acaba de implantar um meliponário na Fazenda Experimental da Unimar, para onde metade das colônias de Uruçu serão levadas. Será mais um centro de pesquisa científica nas áreas de biofármacos e polinização na agricultura.

“Toda uma linha de pesquisa está nascendo graças a essa parceria. Estamos muito felizes em fazer parte deste projeto que trará grandes realizações para nossa instituição de ensino, para Marília e para o mundo, disse Marcílio Felix, coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Animal, Produção e Ambiente da Unimar.

A ação também vai potencializar pesquisas científicas em a FATEC de Marília, onde estudos já são realizados com outras espécies.

“É um grande passo para a ciência. Agora poderemos obter mais mel, mais própolis, entre outros insumos para as nossas pesquisas que já resultaram em artigos científicos publicados em revistas internacionais do setor”, colocou a professora da Fatec Marília, Flávia Farinazzi Machado.

Para a empresa, a ação atende ainda um plano antigo de suporte a projetos de sustentabilidade.

“Grande parte dos nossos clientes são do setor alimentício. Como sabemos, 70% do alimento que chega a mesa das pessoas depende da polinização das abelhas. Cuidar delas é um projeto sustentável, de longo prazo e com forte impacto na natureza”, explicou Flávia Aranão Martins, diretora de RH da transportadora.

O Doce Futuro tem ainda apoio do Comtur (Conselho Municipal de Turismo, que destaca a primeiro grande inovação após a criação da Estação de Estudos Ambientais de Padre Nóbrega, que integra também a associação.