Marília

Projeto vai orientar e integrar refugiados da Venezuela em Marília

Projeto vai orientar e integrar refugiados da Venezuela em Marília

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Marília iniciou um projeto que deve unir diferentes instituições e serviços para oferecer orientação jurídica e aprendizado de língua portuguesa para dez famílias de venezuelanos na cidade.

A proposta é oferecer auxílio técnico e cultural para incentivar a integração social, profissionalização e regularização destas pessoas. O primeiro passo foi a abertura de uma série de visitas para discutir e identificar os problemas e montar um cadastro dos moradores a serem atendidos.

“Foi uma visita ao pessoal, entender o que efetivamente acontece em relação a essa demanda, eventuais necessidades. Ainda não está estruturado. É um projeto embrionário”, explicou o secretário Wilson Damasceno.

Ele deve promover uma reunião com a Polícia Federal para tratar da regularização de todos os venezuelanos que precisem de auxílio e intermediar outras ações de integração cultural. “Vai ser elaborado o cadastro e dialogar com instituições para parcerias nesse campo.”, explicou.

O projeto já articula ações com a Unimar, representada na ação pelo assistente em relações internacionais Juan Orellana, e da Unesp e PET do curso de Ciências Sociais.

As dez famílias vivem na zona norte, nos bairros Figueirinha, Maracá e Santa Antonieta.  Já recebem apoio de lideranças comunitárias e receberam recentemente doações levadas pela torcida organizada @camisa12marilia.

O projeto deve unir ainda a Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social, a Defensoria Pública estadual e o Conselho da Promoção da Igualdade Racial. A rede municipal de saúde também está integrada e muitos dos moradores já são cadastrados e atendidos, inclusive com vacinação para Covid. Há muitos idosos e crianças no grupo.

“A partir disso queremos também criar políticas públicas de atendimento nesta área, organizar as parcerias, criar estrutura com apoio dos diferentes serviços, de pesquisadores, tradutores, equipe multiprofissional, intermediação com embaixadas, escritório da ONU e governo do Estado”, explicou Luciana Santos, da equipe técnica da secretaria de Direitos Humanos.