Marília

Promotor abre inquérito sobre crise na Famema e HC

Crise já provocou protestos e “abraço” ao HC; agora provoca inquérito – Rogério Martinez/Giro Marília
Crise já provocou protestos e “abraço” ao HC; agora provoca inquérito – Rogério Martinez/Giro Marília

O promotor de Justiça Isauro Pigozzi Filho abriu inquérito civil para investigar a crise no complexo Famema e a redução no atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

O foco da investigação é identificar prejuízos aos serviços e permitir que na falta de estrutura de atendimento em Marília os pacientes sejam atendidos em outra unidade.

A investigação encontra a crise já com meses de avanço. Desde o final do ano passado a Famema vem cortando serviços e perdendo estruturas terceirizadas de atendimento. O resultado é maior espera e em alguns casos corte de serviços.

Segundo informações divulgadas pela TV Tem na terça-feira, o promotor já pediu informações ao governo do Estado, ao Hospital das Clínicas e à Diretoria Regional de Saúde.

O Hospital acusa corte de 25% no repasse de verbas estaduais. O rombo nas contas passe de R$ 8 milhões e não há previsão de solução sem entrada de novos recursos públicos.

O complexo já perdeu serviços de pediatras, anestesiologistas e radioterapia. Algumas cirurgias acabaram canceladas. A crise foi agravada pelo fim de atendimento de porta, ou seja, de pacientes que procuram diretamente o hospital.

Agora são atendidos na urgência e emergência apenas pacientes referenciados, que são aqueles que já passaram por algum serviço público, seja encaminhamento das unidades básicas, seja atendimento por ambulâncias resgate ou Samu.

A crise afeta a qualidade de ensino e de acordo com funcionários que participaram de um abraço ao hospital também compromete atendimento com falta de remédios, material de tratamento e até cobertores.