Marília

Proteção à história da cidade pode mudar lei de demolições

Imagens de prédios devem reforçar acervo antes de demolições
Imagens de prédios devem reforçar acervo antes de demolições

A Comissão de Registros Históricos da Câmara começou a discutir proposta que pode virar lei para preservar a memória arquitetônica e urbanística da cidade. A ideia é que as autorizações para demolição de prédios antigos envolvam estudo de importância histórica, sugestões de preservação de construções ou registro com fotos e vídeos para acervo da cidade.

A proposta não representa projetos de tombamento nem qualquer ameaça a direito dos proprietários. Nos casos em que não houver possibilidade de preservar fachadas ou outros detalhes históricos, a comissão faria os registros para arquivar informações sobre o prédio.


A proposta foi apresentada pelo arquiteto José Lyrio, que já foi diretor de planejamento na cidade e passou a integrar a comissão neste ano, em substituição ao servidor aposentado Antonio Augusto neto, falecido em novembro de 2015.

Atualmente a legislação exige apenas aprovação técnica da demolição, com análise de riscos, exigências de medidas de segurança e projetos assinados por profissionais prevendo a derrubada e novas obras.

A iniciativa foi uma de muitas ideias sugeridas no primeiro encontro da comissão, na semana passada. O grupo discutiu ainda uma homenagem a Antonio Netto, que deve ser lembrado com uma foto de exposição permanente na sala da comissão,

A Comissão, criada para resgate a preservação da memória da cidade, não tem poder de legislar, mas deve desenvolver a proposta e sugerir sua apresentação como projeto de lei a ser votado na Câmara.  Caso a iniciativa avance, deve envolver ainda a prefeitura, responsável pela aprovação dos projetos.

Além de discutir a programação da 31ª Noite dos Pioneiros. A comissão discutiu ainda novas convocações para depoimentos sobre a história da cidade e a logística para a distribuição do novo livro da Professora Rosalina Tanuri – “Marília, Feitos e Festas” – às escolas e bibliotecas de Marília. O livro tem prefácio assinado pelo presidente do Bradesco, o mariliense Luiz Carlos Trabuco Cappi.