Grupo de aproximadamente 50 pessoas invadiu na manhã desta quinta-feira o Terminal Rodoviário Urbano em protesto contra o aumento nas tarifas de ônibus em Marília e a demissão de cobradores para reduzir custos nas empresas.
A invasão foi o ponto alto da segunda manifestação convocada pela recém criada Frente de Luta Pelo Transporte, que reúne professores da rede pública, estudantes e alguns movimentos sociais.
Toda a manifestação foi acompanhada pela polícia e feita de forma pacífica, inclusive durante a ocupação, que no primeiro protesto foi evitada por presença de policiais ou portões trancados.
Desta vez a manifestação encontrou portões abertos, desfilou pelo terminal com palavras de ordem, entregou panfletos aos moradores e apresentou discursos contra os aumentos. As tarifas subiram 39% desde 2014 e 20% só neste ano.
Antes da invasão os manifestantes fizeram concentração na Praça Saturnino de Brito e saíram em passeata pelo centro. Interditaram por alguns momentos a avenida Sampaio Vidal e alguns dos principais corredores comerciais da cidade até chegar ao terminal.
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O movimento mostrou maior número de faixas, ganhou adesão de filiados do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e alguns instrumentos musicais que deram mais barulho e volume ao protesto, ainda que o número de manifestantes não tenha parecido maior.
Dois professores ouvidos pelo Giro Marília disseram que a Frente distribuiu um panfleto de convite à população e tentou contato com dirigentes sindicais, especialmente do transporte público, para engrossar o movimento.
Não tiveram respostas e nem participação do sindicato da categoria, apesar da campanha contra as demissões nas empresas.
A manifestação foi encerrada ainda dentro do terminal com a convocação de um encontro para a tarde desta sexta-feira (2), às 16h, na praça Saturnino de Brito, em frente à prefeitura, para discutir próximos passos do movimento.