Uma manifestação com pouco mais de 50 pessoas e muito barulho interditou algumas das principais avenidas do centro de Marília por alguns instantes nesta quinta-feira em protesto e passeata contra o aumento nas tarifas de ônibus na cidade, que desde ontem (16) custam R$ 3.,00.
Convocado pelas redes sociais por uma recém criada Frente de Lutas pelo Transporte, o movimento é definido pelos manifestantes como a união de ativistas independentes, sem direção ou coordenação eleita, e deve voltar às ruas. “Amanhã vai ser maior” foi uma das palavras de ordem mais gritadas durante a manifestação.
O movimento reuniu professores, estudantes da Unesp, ativistas de movimentos culturais e um grupo de adolescentes de escolas públicas, que deram um tom hora irreverente hora bagunçado na manifestação.
Convocado para concentração às 9h, o protesto foi para as ruas perto de 9h30. Primeiro fechou a avenida Sampaio Vidal, aos poucos, com alguns motoristas e motociclistas forçando a passagem. Depois de interditar a avenida a manifestação decidiu seguir até o Terminal Urbano.
A medida provocou interdição da avenida Sampaio Vidal até a rua Prudente de Morais, incluindo parada para impedir fluxo na rua 9 de Julho, de lá seguiu até à avenida Tancredo Neves e fechou novamente a 9 de Julho até chegar ao Terminal.
Impedidos de entrar no espaço dos ônibus, os manifestantes fecharam a avenida Brasil e fizeram a dispersão por volta de 10h45 em frente ao Bom Prato, lotado pelo horário de abertura para venda de refeições a R$ 1,00.
Durante todo o trajeto os manifestantes cantaram e gritaram palavras de ordem contra a demissão de cobradores, lotação dos ônibus, mudança de itinerário e contra o aumento das tarifas.
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Antes da dispersão os manifestantes anunciaram novo encontro para dia 23, quando será definida data da segunda manifestação, com perspectiva de atrair mais participantes e maior envolvimento de estudantes e entidades.
“FOI MAL”
A demonstração de disposição e organização do manifesto derrapou em pelo menos dois incidentes provocados por estudantes adolescentes que acompanhavam a marcha. No primeiro, ainda na concentração, um dos adolescentes ironizou e provocou um motorista que reclmava da interdição. No segundo, mais grave, um dos adolescentes quase provocou acidente com uma motociclista e teria ofendido a mulher.
Ela e o namorado pararam a moto e foram dar uma bronca no menor, que fugiu para dentro da passeata, mas não evitou o puixão de orelhas em público. “Eu apóio a manifestação, também sofro com estes problemas, mas precisa respeitar as pessoas e você me desrespeitou.” O menino respondeu “foi mal, foi mal” e fugiu da confuisão para depois rir do caso com amigos.
