Marília

Protesto perde público mas faz ato contra Dilma, PT, Toffoli e até epidemia; veja fotos

Protesto percorre ruas do Centro – Foto Rogério Martinez/Giro Marília
Protesto percorre ruas do Centro – Foto Rogério Martinez/Giro Marília

O protesto contra o governo Dilma Rousseff, convocado em todo o país, repetiu em Marília o comportamento do resto do Brasil e perdeu força, com número bem menor de participantes neste domingo em comparação à manifestação de março. Na primeira, organizadores falaram em 5.000 pessoas e a PM em 2000. Ontem, pouco antes da passeata, a PM apontava menos de 500 pessoas.

Ainda assim, o público mostrou muito entusiasmo, fez nova passeata pela cidade e ampliou os temas: houve palavras de ordem contra a presidente, o PT, o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli e até a epidemia de dengue na cidade.

A concentração começou pouco antes das 15h na praça Saturnino de Brito. O efetivo policial em torno do evento já dava indicações de que o protesto seria menor. Todas as ruas abertas, poucas viaturas e policiais.

Segundo o capitão Márcio, que comandou o trabalho da PM, o efetivo foi o ideal para o momento e a expectativa de uma manifestação pacífica e tranqüilo também permitiu menor volume de policiais.

Aproximadamente 15 policiais acompanharam a pé a passeata, além de agentes municipais de trânsito que fizeram sinalização e controle de ruas e cruzamentos para passagem dos manifestantes. Apitos, cornetas, crianças, cachorros, grupos, bandeiras do Brasil e uniformes da seleção brasileira de futebol voltaram a ocupar a praça, a exemplo do ato de março.

Os ataques ao ministro Dias Toffoli cresceram, especialmente por ele ter assumido participação no julgamento dos acusados de envolvimento com a operação Lava Jato, um esquema de corrupção que envolveria empresas, empreiteiras, partidos e recursos da Petrobras. O ministro chegou a ser chamado de “vergonha de Marília”.

Alê Custódio/Giro Marília

Manifestantes atravessam pontilhão da rua Bahia durante protesto contra governo e corrupção

A passeata mudou seu percurso, começou pela rua Bahia e enquanto os manifestantes passavam ao lado do Paço Municipal, prefeitura e câmara foram lembradas nas palavras de ordem e em gritos sobre a contínua evolução da epidemia de dengue na cidade.

Os manifestantes desceram a rua Bahia até as proximidades da escola Monteiro Lobato. A passagem pelo pontilhão mais uma vez teve parada e coro de manifestantes. Apesar de acontecer com menor público em praticamente todas as capitais, o protesto contra o governo movimentou pessoas em 24 estados e o Distrito Federal, dezenas de cidades e centenas de milhares de manifestantes que pediram a renúncia ou impeachment da presidente, o fim da corrupção e do governo PT.