Marília

Que a Política Seja a Voz dos Moderados

Que a Política Seja a Voz dos Moderados

Vivemos um momento político nacional e local conturbado, excessivamente radical. Condutas extremadas, que beiram a insensatez, não apontam soluções, pelo contrário, atraem imensas barreiras. A polarização na vida pública afasta o que há de mais sagrado na política: o diálogo, o entendimento.

Ninguém aguenta mais discussões políticas vazias que em nada contribuem para melhorar a vida das pessoas que vivem em Marília. O povo, aquele que sustenta a administração pública por meio dos seus impostos e que pouco recebe em troca, quer menos discussões virtuais e mais soluções reais para os seus problemas.

É fácil apontar culpados por problemas que se alastram há anos em Marília. Para os opostos, a herança será sempre maldita. A dificuldade está em encontrar soluções que aliviem as angústias e os sofrimentos daqueles que dependem de serviços públicos para sobreviver.

Transporte público de má qualidade, filas intermináveis para consultas com especialistas e exames, insuficiência de vagas em creches, ruas que mais parecem a superfície lunar. Os marilienses convivem com esses dramas há décadas, que são frutos de administrações ruins em sequência.

Hoje temos a chance de mudar nosso destino. A oportunidade para alcançarmos resultados melhores para a cidade é única. Pessoas competentes, determinadas e decentes ocupam vários postos de comando na prefeitura de Marília. Sem falar no comprometimento de todo o quadro de servidores municipais.

Porém, nem tudo são flores. É requisito necessário para termos uma gestão eficiente evitar o desperdício de tempo e energia em picuinhas passadas. Foco na resolução dos problemas do presente é a chave para um futuro promissor.

As pessoas não esperam milagres dos governantes, desejam apenas trabalho competente e honesto dos administradores públicos, sempre com os olhos voltados para o horizonte.

Como homem público, vejo duas qualidades que necessitam ser resgatadas com urgência em Marília: serenidade e moderação. A primeira auxilia a tomada de boas decisões, a segunda nos protege das tentações dos radicalismos, do discurso falacioso e improdutivo do “Nós contra Eles”.

A virtude segue o caminho do meio, como já anteviu Aristóteles há 2500 anos. Que a filosofia dê aos nossos comandantes a sabedoria necessária para enfrentar e vencer todos os desafios que se colocam a frente daqueles que administram Marília.