Marília - Radares suspensos para controle de velocidade em Marília multam por outras infrações e é preciso ficar de olho no trânsito e no jogo político.
A suspensão das autuações – promessa de campanha eleitoral para cortar “indústria das multas” – não atingiu todos os sistemas. Faltou divulgar isso de forma mais clara.
Os sistemas em cruzamentos de avenidas flagram situações como cruzar semáforo fechado ou parar sobre a faixa de pedestre.
Também ajudam a identificar carros em casos de crimes, acidentes e outras condições de segurança. A fiscalização pelos sistemas, assim como por velocidade, tem previsão legal, pelo artigo 280 do Código de Trânsito, e funciona antes. Seguiu funcionando.
Como a informação não circulou, a chegada de multas por outras infrações virou debate em grupos de mensagens e redes sociais. E alimentou o jogo político.
As críticas atacam o jogo de marketing em torno da suspensão – como a grande ideia de marketing político com o corte de cabos -. Em tese cortaria todo o sistema. Não cortou.
Jogo político na instalação e suspensão
O marketing tem ainda as faixas com a mensagem ‘radares suspensos’ e orientações para que a população respeite os limites de velocidade.
Em nenhum momento o marketing oficial contou com detalhes o que ainda iria fiscalizar, como não ressaltou a presença dos agentes nas ruas – sim, eles multam e em todas as infrações -.
Mas o marketing oficial também não autorizou ninguém a ignorar os limites de velocidade – as placas com a informação seguem nos mesmos lugares –. E muito menos permite pensar que está liberado cruzar semáforo fechado.
Toda divulgação pediu que a população ajude e cumpra as regras de trânsito com educação. A prefeitura também fez isso quando instalou os radares.
Nos dois casos, o jogo político andou com falta de informações. A instalação dos radares não apresentou justificativa técnica para os pontos e limites. A suspensão não apresentou detalhes do que iria multar ou não.
Olho no trânsito e no jogo político, obedeça a sinalização e fiscalize a gestão.