Marília

Redução de jornada - e salários - emperra acordo no comércio, outra vez

Redução de jornada - e salários - emperra acordo no comércio, outra vez

Pelo segundo ano, a campanha salarial para definir reajuste e cláusulas de trabalho no comércio emperra em Marília e pela segunda vez um dos temas é uma proposta polêmica do Sindicato do Comércio Varejista, que representa donos de lojas e pontos comerciais: redução de salários e jornadas proporcionais.

A proposta, que não passa em Marília, é rejeitada por aproximadamente 50 sindicatos de empregados em todo o Estado, que representam dezenas de cidades.

A proposta dos patrões tenta permitir que os lojistas possam contratar ou alterar contratos dos trabalhadores para duas formas especiais de carga horária: a jornada parcial – até 25 horas por semana – e a jornada reduzida.

Nos dois casos, os comerciários recebem por hora trabalhada. O valor é seria o mesmo pago por hora no piso da categoria. Mas como os empregados trabalham menos horas, vão receber menos. A medida permite que os lojistas tenham empregados e paguem apenas pelo trbalho em horário de pico, por exemplo.

Em 2015 a proposta foi um dos temas polêmicos em uma campanha salarial que se arrastou por quase nove meses e ao final obrigou comerciantes a pagar – com parcelamento – parcelas retroativas de correção salarial dos vencimentos. Sem o acordo, o setor segue com os mesmos termos – e salários – definidos na convenção de 2015.