Marília

Reforma da Previdência é aprovada com PM na Câmara, tumulto e votação relâmpago

Reforma da Previdência é aprovada com PM na Câmara, tumulto e votação relâmpago

A Câmara de Marília aprovou na noite desta quarta-feira, com quatro votos contrários, o projeto da Prefeitura de Marília para reforma do sistema de previdência na cidade que aumenta valor de contribuições, prazos e regras para concessão de aposentadorias e pensões.

A sessão foi tumultuada por gritos, palavras de ordem, discussões de manifestantes com o presidente do Legislativo, Marcos Rezende e uma votação relâmpago, sem debates, sem análise individual de emendas.

O ponto alto da polêmica foi a suspensão da sessão por 15 minutos para entrada da Polícia Militar ao plenário e galerias, ainda antes da votação.

Houve forte reação dos manifestantes na plateia. Alguns servidores tentaram entrar no plenário, alguns conseguiram entrar. No tumulto uma parte da divisa do público foi quebra, um manifestante caiu.

Os policiais formaram um corredor de proteção quando o vereador Eduardo Nascimento fazia sua manifestação na tribuna.

Nascimento passou a gritar da tribuna que a sessão deveria ser suspensa. “Encerra a sessão, presidente, use o bom senso, encerra essa sessão, encerra essa sessão pelo amor de deus, seja responsável rapaz”. Rezende não respondeu aos pedidos.

O vereador, que já havia feito depoimento em apoio aos policiais por falta de reajuste salarial além de reformas estaduais com perdas para servidores, também usou a tribuna para pedir que a polícia respeitasse os servidores.

Não houve mais discursos de parlamentares. O vereador Marcos Custódio pediu então que o projeto fosse votado em segunda e última discussão e que todas as emendas fossem votadas em globo sem discussão individualizada.

Em meio a muitos gritos da plateia o pedido foi aprovado e a votação realizada. Nascimento, Agente Júnior Fefin, Danilo da Saúde e Ivan Luís da Silva, o Ivan Negão, foram os únicos a votar contra.

Em depoimento para justificar votos, Eduardo, Fefin e Negão disseram que não conseguiram ouvir nada sobre a votação e anunciaram que vão {à Justiça pedir a anulação da sessão.

Os tumultos continuaram após encerramento da sessão e alguns ovos foram atirados em direção a Rezende. Ele não foi atingido. Veja abaixo mais fotos da sessão e do tumulto