A reforma do Centro de Cultura, no prédio do antigo Ginásio na esquina das avenidas Rio Branco e Sampaio Vidal, está atrasada e enfrenta um dilema: não tem orçamento e nem acordo para realização de serviços de acabamento.
A previsão oficial é que a base da reforma, inclusive com recuperação total do telhado e rufos para acabar com infiltrações de água, seja encerrada até a metade de setembro. Mas vai faltar toda a etapa de acabamento, incluindo material como portas, acessórios e pintura.
Até este ponto da obra, a reforma foi realizada com apoio de empresas que ofereceram mão-de-obra e repasse de recursos e os compromissos assumidos por estes parceiros estariam totalmente cumpridos.
A recuperação do prédio vem sendo anunciada pela prefeitura como uma grande obra sem custos para o município e com resultados de economia, como corte de gastos com aluguel de prédios para serviços da cultura.
Mas o impasse com a obra muda o discurso e já existe pedido de estudo de remanejamento de orçamento municipal para financiar o fim do serviço, já que a Secretaria da Cultura não tem orçamento para bancar a conclusão da reforma.
A Secretaria de Obras também já foi consultada sobre capacidade da pasta assumir a conclusão, asm também já respondeu que isso não seria possível no momento.
Ou seja, o fim da obra não só pode criar gastos públicos como ainda caminha para contratação de uma empresa para fazer o acabamento do prédio, a menos que as empresas parceiras do projeto decidam injetar mais recursos ou apareçam novos parceiros.
O atraso também compromete o discurso da economia. A Prefeitura foi obrigada a renovar contratos de aluguel dos prédios onde funcionam a Secretaria da Cultura, a Galeria de Artes e o Museu Pedagógico. Além disso, ao desocupar o prédio para reformas, criou gasto extra com aluguel da nova sede da Biblioteca Municipal.