Marília

Relatório acusa prefeitura de entregar PA sem AVCB e com remédios vencidos; vira sindicância

Relatório acusa prefeitura de entregar PA sem AVCB e com remédios vencidos; vira sindicância

A Corregedoria de Marília instaurou neste sábado uma sindicância para investigar denúncias de que o PA Sul – Pronto Atendimento da Zona Sul – foi entregue para terceirização com remédios vencidos, falta de sistemas de segurança e sem auto de vistoria dos bombeiros.

O relato dos problemas foi apresentado durante uma audiência pública na Câmara em que a direção da ABH (Associação Beneficente Hospital Universitário) apontou balanço sobre serviços e todas as dificuldades encontradas quando a instituição assumiu o PA em fevereiro deste ano.

Em resposta a questionamentos, a superintendente da ABHU, Márcia Mesquita serva, disse que foram encontrados remédios vencidos.

O relatório da unidade mostrou ainda que o sistema de alarme de incêndio não funciona, faltam mangueiras de combate a incêndio e que não foi possível testar ainda a bomba de água para sistema de segurança.

O prédio, como outros públicos na cidade, não tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros para as atividades.

A Sindicância foi instalada depois que as informações prestadas pela ABHU foram encaminhadas à Ouvidoria da Prefeitura. O caso ignora outros problemas relatados.

O balanço de atividades mostra que o edital para terceirização subestimou custo mensal da unidade e ainda diminuiu o número de profissionais que havia para atendimento.

Questionada sobre pedido para mais médicos, a ABHU informou que para isso é preciso ter a garantia de orçamento: os pagamentos no PA acumulam atrasos e o valor ultrapassou R$ 1 milhão no momento da audiência, realizada há três dias.

A ABHU também reforçou informações já apresentadas desde abril, quando o volume de atendimentos explodiu e gerou queixas sobre a unidade: a rede municipal de unidades de saúde é represada e sobrecarrega o PA e a UPA da Zona Norte.

As unidades básicas nos bairros encerram atendimentos pela manhã e j0oga todos os dias uma carga grande pacientes para o Pronto-Atendimento, em serviços que deveriam ser feitos nas UBS e USFs da cidade.

Estes problemas, que se repetem também em alertas do Conselho Municipal de Saúde, não aparecem na portaria da sindicância.