Marília

Relatório da Polícia acusa intenção de matar em troca de tiros com PMs em Marília

Relatório da Polícia acusa intenção de matar em troca de tiros com PMs em Marília

O relatório final da Polícia Civil sobre a troca de tiros entre um empresário e policiais militares em Marília aponta intenção de matar nos disparos feitos por Francis Vinícius Bez Angonese, que deixaram dois policiais feridos.

O documento produzido pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) já foi encaminhado à Justiça e enviado ao Ministério Público do estado, que será responsável por eventual denúncia.

A investigação comandada pelo delegado Luis Marcelo Sampaio, foi concluída no prazo legal de dez dias em função de o empresário estar preso. Ainda faltam alguns documentos de laudos periciais.

O inquérito não trata da análise de sanidade mental, que será encaminhada pela Justiça. Já houve determinação para realização de uma perícia médica sobre as condições de saúde do atirador.

Mas segundo o documento da Polícia Civil, o atirador mostrou entendimento sobre a chegada de policiais e sua mãe, que estava na casa com ele, o avisou sobre a presença da PM.

Para a polícia, o empresário mostrou intenção de matar na reação contra a polícia e nos disparos efetuados. O inquérito destacou ainda que os vizinhos relataram que ele havia feito vários disparos antes.

Outra informação do documento é a análise de que para conseguir armas, munições e espoletas autorizadas é preciso apresentar série de documentos e em nenhum deles o empresário relatou qualquer distúrbio ou condição especial de saúde mental.

O inquérito indicia Francis Angonese por duplo homicídio tentado simples – sem qualificadoras -.

O CASO

A troca de tiros aconteceu na madrugada do dia 30 de setembro na rua Monteiro Lobato, no centro de Marília. O registro da ocorrência naquele dia aponta que o empresário gritou “hoje vou matar ou morrer” antes de fazer os disparos contra os policiais.

A polícia chegou ao local depois de vizinhos relatarem disparos de arma feitos na residência do empresário. Francis Angonese, registrado como Atirador Desportivo, teria feito os disparos para assustar um vigia de rua com quem teve desentendimentos. 

Os policiais pediram que ele saísse com as mãos para cima. Orientaram a mãe do atirador a repassar a orientação para ele. Francis teria aberto o portão eletrônico da casa e saído com uma pistola 9mm com mira laser.

Fez dsparos que atingiram o sargento João Fernando Silva e o cabo Marcos Antonio da Silva. O registro do caso informa que policiais revidaram e o empresário foi atingido no lado direito do corpo. Todos foram socorridos ao Hospital das Clínicas.

Francis Angonese foi preso em flagrante. A Justiça converteu em prisão preventiva e já rejeitou pedidos de liberdade provisória do acusado.