Em novembro, ocorreu a última reunião do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo (CEAPcD), onde o Núcleo de Acessibilidade do Conselho, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), realizou uma fiscalização da acessibilidade no Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo.
A colaboradora da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU), Nájyla Corrêa Bernardes Agostini, presidente da Associação Pertencer no Espectro para Pessoas Autistas de Marília e Região, acompanhou a conselheira estadual Célia Cristina de Castro Pereira, presidente do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência, participando das atividades promovidas pelo CEAPcD.
Durante a inspeção, diversos aspectos relacionados à acessibilidade foram minuciosamente avaliados, abrangendo não apenas a rodoviária da Barra Funda, mas também incluindo sinalizações, acessos, comunicação, informações dos funcionários, entre outras verificações.
Além disso, foram analisados elementos essenciais no transporte coletivo, tais como plataformas para cadeirantes e sinalização tátil para pessoas cegas. Vale ressaltar que o veículo sujeito à avaliação fazia parte da frota da empresa Guerino Seiscento, com sede em Tupã e atuação na região de Marília.
Nájyla, uma pessoa autista, teve a valiosa oportunidade de se conectar, trocar experiências e oferecer apoio mútuo com outras pessoas com deficiência durante as atividades cotidianas. Essa interação proporcionou a ela uma compreensão mais profunda das necessidades específicas desse grupo.
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Em suas reflexões, Nájyla destacou a importância da solidariedade e da atenção ao lidar com uma diversidade de necessidades. “Eu acredito que é por meio do compartilhamento de vivências que é possível construir perspectivas abrangentes sobre acessibilidade e inclusão”, destacou. Reconhecendo suas próprias necessidades, Nájyla enfatiza que a convivência com outras experiências revela a necessidade de adaptações adicionais para garantir acessibilidade e inclusão efetivas.
Além disso, durante a reunião, discutiu-se a possibilidade de Marília sediar atividades voltadas para a questão do autismo em 2024.
Nájyla teve a oportunidade de conversar com a deputada Andréa Werner, fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa, dedicado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esta iniciativa fortalece o compromisso de Marília com questões relacionadas ao autismo e reforça a importância do engajamento em ações que promovam a inclusão e compreensão do TEA.
A participação de Nájyla no evento em São Paulo também contribuiu para a implementação de medidas de acessibilidade no Hospital Beneficente Unimar (HBU), visando torná-lo um ambiente hospitalar inclusivo. Ao apresentar o trabalho da Associação Pertencer e do hospital, Nájyla abordou as ações já em andamento e as futuras medidas para aprimorar a inclusão e acessibilidade, visando garantir os direitos das pessoas com deficiências e proporcionar um ambiente mais acolhedor.
