A mudança no sistema de atendimento de urgências e emergências nos hospitais do Complexo Famema vai aumentar a carga e o público em busca de atendimento nas unidades da rede municipal de saúde em Marília, prevê o secretário municipal da Saúde, Luiz Takano, em nota distribuída à imprensa. O que a nota não diz é que moradores não vão encontrar opções à noite. Apenas o PA do Santa Antonieta, que já é sobrecarregado, atende 24h. O PA da Zona Sul, que também sofre com excesso de pacientes, fecha à 1h.
Há mais um dilema. Vai aumentar a pressão nos postos municipais de atendimento para filtrar casos que são urgência e poderão ser levados aos hospitais. A medida vai exigir agilidade e atenção em unidades que já registraram diferentes situações polêmicas e críticas ao atendimento.
Segundo o secretário, houve treinamento nas unidades de saúde para agilizar o atendimento para a constatação do quadro do paciente. “Os médicos serão ágeis e o que for considerado emergência terá o imediato encaminhamento para um dos dois hospitais”, explicou.
ironicamente, a epidemia de dengue pode contribuir para este processo. Segundo a Secretaria, a sobrecarga de serviço provocada pela epidemia já deu exemplos dos problemas e dificuldades do atendimento com sobrecarga de pacientes.
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“Com previsão de mais pacientes, já estamos preparando a adaptação da estrutura de atendimento na rede municipal há algum tempo. A grande demanda de pacientes por causa da dengue nas últimas semanas reforçou essa prática”, disse Luiz Takano.
Segundo a Famema, grande parte dessa demanda espontânea é provocada pelo fechamento de Pronto Atendimentos noturnos de várias cidades, numa região com população estimada em 1,2 milhão de habitantes.
Luis Takano anunciou que na manhã desta sexta-feira terá encontro com diretores da Santa Casa, Hospital Universitário e Pronto Med. “Queremos discutir a questão e ouvir sugestões, já que a rede municipal vai absorver pacientes, especialmente da área pediátrica, durante a madrugada”, finalizou.
