Marília

ROTA DO ESCÂNDALO - MPF quer fim de sigilo; quatro pessoas foram ouvidas

Viaturas da PF em frente da Eletronorte – Isabela Calzolani/TV Globo
Viaturas da PF em frente da Eletronorte – Isabela Calzolani/TV Globo

O MPF (Ministério Público Federal) em Brasília começou a analisar nesta quinta-feira as informações de quatro depoimentos e documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Choque, que investiga indícios de fraudes e lavagem de dinheiro na Eletronorte, uma gigante do setor de energia, com envolvimento de uma empresa de Marília.

A procuradoria da República também tenta desde o início da semana derrubar o sigilo judicial criado sobre p caso, que já teve dois suspeitos presos – o ex-dirigente da companhia Winter Andrade Coelho e seu cunhado, Carlos Eduardo Andrade Macedo.

Estabelecido para proteger informações como sigilo bancário de empresas e pessoas envolvidos, o segredo em torno do processo não impediu alguns vazamentos mas criou uma onda de boatos sobre as empresas envolvidas no escândalo.

Só em Marília haveria diferentes indicações de empresas fornecedoras de produtos ou obras que possam estar envolvidas. Até informações sobre possíveis parentes e laranjas do ex-diretor suspeito já circularam na cidade nesta quinta-feira.

A prisão temporária de Winter e seu cunhado tem previsão de três dias. Neste período a Polícia e o MPF precisam reunir provas do caso e de eventuais riscos que os dois podem oferecer ao processo em liberdade.

Isso exige uma análise rápida de todo o material coletado em Brasília, Marília, Rio de Janeiro, Porto Velho e Belo Horizonte. Além da avaliação dos depoimentos. Seguem em segredo os nomes de quatro testemunhas ouvidas.

Além da identificação de Winter e seu cunhado, também vazou a informação de que a empresa que teria sido usada por eles para o suposto esquema de fraudes é a C&C Consultoria, de Brasília, um nome comum que identifica diferentes empresas em diferentes segmentos no país.

A Operação Choque investiga um esquema de favorecimento a fornecedores que pagariam propina com movimentação de até R$ 4 milhões na conta da empresa.