Acontece com todo mundo. Quem nunca entrou em uma rua errada, ou sem saída e foi muito difícil retornar para o caminho certo. Com o passar dos anos a gente se lembra daquela rua errada e nos perguntamos o que teria acontecido com o nosso destino se não tivéssemos errado aquela rua? E mais, sentamos e perguntamos quando algo não está bem. Qual rua será que errei na minha vida?
Não importa o grau de felicidade que alcançamos ao longo da vida, em determinado momento, sempre iremos lembrar daquela rua e será bom isso, pois, ela servirá para lembrar e ensinar aos outros que nunca é bom errar uma rua em nossa vida.
Há muitos exemplos recentes na nossa política ou de nossa própria história pessoal de ruas erradas. José Dirceu errou a rua quando se envolveu no escândalo no Mensalão. Ele era o principal nome da sucessão presidencial no PT. Lula, errou a rua quando se deixou levar pela ganância. Hoje, está sendo investigado em várias frentes e já enxerga sua imagem em descendência sem volta. Dilma errou a rua quando decidiu dar as tais pedaladas fiscais.
Em qualquer ponto da vida de cada um, surge a diabólica rua errada e a partir daí, continuamos a caminhar com os mesmos passos sem ter muito o que fazer naquele momento, a não ser refletir o erro. Depois de tal reflexão, perceber que aquela rua já ficou para trás e que temos que continuar caminhando.
Dobrei a rua errada quando me casei pela primeira vez. Houve bastante tempo para refazer o meu caminho, oportunidades para fazer com que tudo desse certo, o que para a minha sorte não aconteceu. Continuar caminhando naquela rua me transformou em uma pessoa melhor para o meu segundo casamento e ainda me rendeu duas lindas filhas.
Inspirado em Carlos Heitor Cony