Marília

Santa Casa distribui mudas e divulga doação de órgãos

Santa Casa distribui mudas e divulga doação de órgãos

Entre as ações desenvolvidas este ano na campanha Setembro Verde, quando é lembrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos (27 de setembro), está a distribuição de material educativo sobre a importância da doação. Para ir além da entrega de folhetos, as voluntárias da Santa Casa de Marília fizeram uma parceria com o Viveiro Municipal e vão distribuir mil mudas de árvores e arbustos ornamentais. A iniciativa vem de encontro ao tema “Doe órgãos: plante essa ideia”.

A distribuição começou nesta quinta-feira (22), em dois turnos, na portaria de acesso aos funcionários. A abordagem é feita pelas voluntárias Izabel Travitzky (Sesmt) e Deborah Milani (Hotelaria), à frente da campanha há quatro anos, com foco no público interno e na comunidade.

“O objetivo é provocar a reflexão sobre o tema. O plantio de uma muda de árvore representa uma ideia que precisa germinar e ganhar raízes em nossa sociedade. A doação de órgãos é um ato de amor, mas para que ela ocorra é importante haver diálogo. Em uma eventual situação em que nos tornamos doador potencial, a família terá a palavra final”, explica Izabel.

Também pode ocorrer o chamado transplante “entre vivos”, no caso dos rins, parte do fígado ou pulmão para um familiar com compatibilidade. Mais raros, também ocorrem doações entre não parentes. Nesses casos, é necessária autorização judicial.

Para esclarecer estas e outras dúvidas, a Santa Casa de Marília preparou, sob orientação de Izabel e Deborah (com consultoria médica especializada) um folder que apresenta onze questões mais comuns sobre o tema. O material foi produzido com apoio da Prefeitura de Marília.

O impresso esclarece, por exemplo, que a morte encefálica é a parada total e irreversível de todas as funções do cérebro, ou seja, todo tecido nervoso que está no interior do crânio. O diagnóstico de morte encefálica é totalmente seguro e confiável. É feito por dois médicos e confirmado por exames clínicos e de imagem. 

Esclarece também que o corpo do doador não sofre mutilação ou desfiguração e explica o fluxo da Central de Transplantes, responsável por acionar um receptor compatível. Somente este ano, a Santa Casa de Marília já realizou 13 transplantes renais, por meio do Instituto do Rim de Marília.

O funcionário Evandro da Silva Sigulini, que trabalha na CPR (Central de Processamento de Roupas), aprovou a iniciativa. Ele teve bem perto uma experiência sobre o resgate da saúde, pelo gesto de amor da doação. “Minha mãe doou um dos rins para um irmão dela. Esse assunto é muito sério e precisamos manter nossa família ciente do que pensamos”, disse.

As ações do Setembro Verde na Santa Casa de Marília envolvem palestras, pedágios e pesquisa do nível de informação sobre o tema. No próximo dia 27 haverá pedágio verde no cruzamento das ruas Nove de Julho e Tancredo Neves, a popular ilha da galeria Athenas.

Mais informações sobre o tema podem ser obtidas junto a OPO (Organização de Procura de Órgãos e Tecidos), que funciona no Complexo Famema. O serviço de captação é referência para 140 municípios da região, onde vivem cerca de 2 milhões de habitantes. O telefone é o (14) 3402-1744.

Informações também podem ser obtidas junto a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), pelo site www.abto.org.br. No estado de São Paulo, o Setembro Verde foi instituído pela lei 15.463, de 18 de Junho de 2014. A Santa Casa de Marília faz parte da lista de instituições com adesão oficial à campanha e durante este mês ilumina a fachada na cor verde.