Marília

Santa Casa investiga dengue como causa de morte em Marília

Paciente estava internada na Santa Casa de Marília
Paciente estava internada na Santa Casa de Marília

A professora aposentada L.C.O.G., 78, faleceu na manhã desta segunda-feira na Santa Casa de Marília e e diferentes informações ainda não oficiais apontam caso de dengue hemorrágica como causa da morte. A doença é uma forma mais grave e letal de dengue e geralmente se desenvolve em situações de reincidência de infecção.

Segundo a diretoria do hospital, a confirmação de dengue como causa da morte depende de análise pelo laboratório Adolfo Lutz. Os resultados devem sair entre cinco e dez dias.

Ela foi internada na tarde de domingo, já em estado considerado grave, e encaminhada diretamente  para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde falececeu às 6h40. A dengue é apontada como causa de morte no atestado de óbito, segundo amigos da família. A diretoria da Santa Casa nega, diz que esta não seria uma informação técnica para apontar a causa do falecimento.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais. Procurada por volta das 15h30 a Diretoria de Comunicação da Prefeitura de Marília divulgou não ter dados sobre a morte e pediu detalhes por email para eventuais detalhes com a Secretaria da Saúde. às 18h a Prefeitura distribuiu uma nota curta sobre o caso: “A Secretaria Municipal da Saúde não recebeu, até agora, nenhuma notificação (por parte de hospitais ou outros setores da área médica) de ocorrência de suposto caso de dengue hemorrágica que teria ocorrido nesta semana, conforme questionamento de jornalistas. Portanto, qualquer informação só poderá ser prestada a partir dessa manifestação oficial.”

Familiares da professora não quiseram comentar o caso. Um filho da professora disse apenas que dengue é um problema em todas as cidades do país e que o momento de dor pelo qual a família passa não seria amenizado por críticas ou considerações sobre a doença. A família pediu que os nomes da professora e familiares não fossem divulgados com o caso.

CASOS

A cidade vive uma epidemia de dengue. Na semana passada a prefeitura reconhecia 600 casos suspeitos da doença além de 60 confirmados só nos primeiros dias de janeiro. No ano passado foram mais de 2000 casos da doença, três vezes o registrado no ano anterior.

Uma campanha de conscientização e limpeza da cidade está em curso para tentar reduzir formas de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela e chikungunya, uma nova forma de doença com febre alta, sintomas e riscos semelhantes.

O controle da epidemia depende da eliminação de focos do mosquito, o que exige participação da comunidade com a eliminação de diferentes formas de criadouros. O mosquito se reproduz de forma água em água limpa e parada. Isso envolve todo tipo de embalagem que acumule água de chuva, vasos, ralos, vasos snaitários ou pias com pouco uso mas que mantenham água parada, piscinas vazias, lonas, garrafas e pneus, entre outros.

DENGUE HEMORRÁGICA

A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela doença a segunda vez.

Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas.