Marília

Saúde analisa filas para cirurgias para projeto de mutirões

Saúde analisa filas para cirurgias para projeto de mutirões

A Secretaria Municipal de Saúde anunciou nesta quarta-feira um estudo para determinar número de pacientes nas filas por cirurgias e exames que deveria ser rotineiros mas que o SUS transforma em catástrofes.

São procedimentos considerados de média complexidade, que geralmente provocam mutirões. Pela primeira vez o estudo vai sair dos casos mais comuns, como catarata ou exames de mamografias e deve estender o levantamento a problemas como hérnias de disco ou cálculos na vesícula.

O levantamento foi anunciado durante participação do secretário Danilo Bigeschi em audiência pública para apresentar contabilidade da Saúde em 2015 e discutir outros problemas, como prevenção de dengue e inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na zona norte.

Segundo o secretário, não há um número projetado de pacientes nas filas de cirurgias na cidade. “É muito dinâmico, isso muda todo dia com novos pacientes ou cirurgias autorizadas. Por isso mesmo vamos promover o levantamento e definir um quadro da cidade”, explicou após a audiência.

Saber quantos pacientes esperam e quais as prioridades é uma parte do problema. A outra, mais grave, será conseguir os recursos para as cirurgias, que fogem ao patamar de procedimentos liberados pelo SUS. A realização dos mutirões deve depender então de repasses estaduais e federais.

PAGAMENTOS DO SUS

Aliás, a dependência da cidade foi o tema central sobre os recursos. A Saúde admite que deve pagamentos de procedimentos realizados extrateto pela santa Casa, mas não sabe exatamente quanto do valor é responsabilidade da prefeitura e nem quando será pago.

A Secretaria também reconhece que precisa incluir o Hospital Universitário, da Unimar, em novos programas de repasses mas para isso precisa de aumento de verbas, o chamado dinheiro novo.

“Com o que temos hoje seria preciso tirar de outros hospitais para transferir à Santa Casa, então o que esperamos é a aprovação de um pedido de aumento de repasses mensais.”

DENGUE

Danilo Bigeschi informou na audiência que a cidade tem 18 casos de dengue confirmados, pouco mais de 200 suspeitos e nenhum paciente em estado grave, com necessidade de transfusão ou risco imediato de morte. Nenhum caso suspeito de zika, oficialmente.

Segundo o secretário a preocupação ainda é a identificação de muitos criadouros do mosquito. “Uma família em que todos os integrantes tiveram dengue tinha criadouros em casa”, afirmou. Bigeschi disse ainda que em março será feito um novo levantamento sobre índice de proliferação do mosquito e regiões com situação mais preocupante na cidade.

Dados do acompanhamento diário feito pelos agentes mostravam bairros da zona sul e o Alto Cafezal, na zona Oeste, como pontos preocupantes. Foram os bairros atingidos pelo mutirão com suporte do Exército.

UPA

A audiência apresentou ainda projeção d einauguração da UPA em abril. A unidade deve substituir o PA da Zona Norte, única unidade municipal que funciona 24h. Hoje o serviço é todo bancado pelo município e custa em torno de R$ 1 milhão por mês. A UPA deve custar até R$ 1,5 milhão e prevê receber novos recursos de repasses do SUS. “Inicialmente deve receber R$ 250 mil e chegar a até R$ 500 mil”, afirmou.