Marília

Saúde apura 3ª morte de macaco, garante vacina e pede: elimine mosquito da febre

Lupércio Garrido, Kátia Santana e Alessandra Arrigonbi, da Secretaria de Saúde
Lupércio Garrido, Kátia Santana e Alessandra Arrigonbi, da Secretaria de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde em Marília confirmou na manhã desta quarta-feira a identificação do terceiro macaco morto na cidade, encontrado na zona rural de Lácio, e vai encaminhar o animal para investigação de febre amarela.

Assim como nos outros casos, o laudo sobre a causa da morte deve sair em 45 dias. Em coletiva de imprensa na sede do órgão, a secretária Katia Ferraz Santana, disse que a descoberta não muda a rotina de vacinação contra a febre.

Segundo a secretaria, todas as unidades de saúde estão preparadas para receber e vacinar público alvo: crianças com  mais de nove meses de idade e adultos saudáveis sem restrições. Gestante e pacientes com imuno deficiência, por exemplo, não devem tomar a vacina. Quem já tomou alguma dose em qualquer cidade está protegido, diz a secretaria.

“A gente já faz a vacinação de rotina. Muita gente começa a especular, mas isso não leva a lugar nenhum. A gente segue os protocolos técnicos. Se encontra o macaco morto, tem protocolo a ser seguido e segue rigidamente.”

O coordenador de Zoonoses da Secretara, Lupércio Garrido, disse que a investigação dos casos é importante e que assim como nos outros casos é feito trabalho de bloqueio de mosquitos Aedes aegypti, que são transmissores da febre amarela e poderiam eventualmente transmitir a doença a humanos caso seja confirmada contaminação dos macacos.

O bloqueio é feito com pulverização de inseticida para matar fêmeas adultas e controle de criadouros para evitar desenvolvimento de novos mosquitos.

Lupércio destacou que a notificação dos macacos mortos pode estar vinculada à divulgação na mídia da cidade e às informações em outros locais com casos da febre amarela. Em 2017, foram apenas duas notificações durante todo o ano. Em janeiro deste ano é o terceiro caso notificado e lembrou: “macaco também morre, não necessariamente de febre amarela”.

A supervisora de Vigilância Epidemiológica Alessandra Arrigoni Mosquini afirmou que todas as unidades estão abastecidas com vacina e que se for preciso uma intensificação da rotina os postos de saúde podem ter horários especiais, busca de pacientes e outras medidas especiais.

Ela destacou ainda que é importante ter a carteira de vacinação mas que os moradores podem procurar unidade que frequentam e buscar informações. Nos casos em que for impossível checar, o morador é encaminhado para cobertura vacinal completa e pode tomar outra dose.

Mas a coletiva fez outros alertas. Confira algumas das informações que você precisa saber:

– Embora esteja em uma zona de prevenção, pela existência do mosquito e doenças como dengue, Marília não tem nenhum caso de febre amarela registrado

– Mesmo nos estados onde a febre existe, os casos vinculados a contaminação por macacos são concentrados especialmente em zonas rurais;

– Macacos são vítimas, como os humanos, e não podem ser agredidos ou mortos por medo da doença

– Mesmo que haja confirmação de febre, a vacinação é eficaz, está disponível de forma gratuita na rede pública;

– Evitar criadouros do mosquito ainda é uma medida imprescindível. Limpe seu quintal, evite condições de acúmulo de água que podem facilitar a proliferação do Aedes aegypti.